Filme do Dia: Alice no País das Maravilhas (2010), Tim Burton


Alice no País das Maravilhas Poster


Alice no País das Maravilhas (Alice in Wonderland, EUA, 2010). Direção: Tim Burton. Rot. Adaptado: Linda Woolverton. Fotografia: Dariusz Wolski. Música: Danny Elfman. Montagem: Chris Lebenzon. Dir. de arte: Robert Stromberg & Stefan Drechant. Cenografia: Karen O’ Hara & Peter Young. Figurinos: Colleen Atwood. Com: Mia Wasikowska, Johnny Depp, Helena Bonham-Carter, Anne Hathaway, Crispin Glover, Matt Lucas, Frances de la Tour, Marton Csokas, Geraldine James.
Alice (Wasikowska), garota de 19 anos, surpreende a todos que pretendiam surpreendê-la, ao rejeitar a proposta de se casar com um nobre de muitas posses e foge para o labirinto onde adentra no universo dos sonhos de criança, em que seu destino é lutar ao lado de seus amigos Chapeleiro Louco (Depp), a Lebre de Março, os gêmeos Tweedleded e Tweedledum (Lucas), o Coelho Branco , a Lagarta Azul ou o Gato Risonho contra a tirania da Rainha Vermelha (Carter) e ao lado da Rainha Branca (Hathaway).
Versão decepcionantemente pouco criativa de Burton. Ao tentar unir numa única narrativa a estrutura episódica de Carroll, o filme transforma-se numa narrativa protocolar que lida mal seja com a ambigüidade inerente ao seu texto fundador (Carroll pretendia escrever uma narrativa que ao mesmo tempo fosse dirigida ao universo infantil e adulto, algo que o filme não consegue articular, sobretudo no que diz respeito ao universo adulto) ou mesmo de seu universo visual, dividido entre ação ao vivo e animação de modo radical, chegando alguns personagens a serem um misto de ambos. Talvez o maior problema resida na falta de “personalidade” dos personagens, algo que talvez devesse ter sido motivo de maior investimento do que propriamente um fio narrativo condutor mais sólido. E na sua dependência dos efeitos visuais (inclusive tendo em vista sua versão em 3-D) e de um aparato de produção sem igual na filmografia de Burton até então, perde-se justamente o toque delicado, irônico e autoral que caracterizou sua aproximação do gênero do filme fantástico, como Edward Mãos-de-Tesoura (1990), com o mesmo Depp, ator-fetiche do realizador. Walt Disney Pictures/Roth Films/The Zanuck Co./Team Todd para Walt Disney Studios. 108 minutos.


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