Filme do Dia: Arctic Antics (1930), Ub Iwerks

Arctic Antics (EUA, 1930). Direção: Ub Iwerks.
Dizem que Iwerks implementou o padrão que seria seguido pelas animações da Disney e essa animação parece ser a comprovação disso. Mesmo ainda destituída de cores, importa menos qualquer pretensão narrativa mais fechada, do que apresentar uma série de animais polares – incluindo um Mickey albino! – em coreografias, nas quais o movimento dos mesmos parece ser ditado antes pelo ritmo de sua trilha musical. Quando se fala em séries não se deve secundarizar o efeito, tal como nos musicais de Busby Berkeley, em que coreografias de pingüins, morsas ou o que seja, evoluem, e o  efeito “abstrato” que tal dimensão pode sugerir, menos pela representação gráfica do que resulta da coreografia coletiva, como em Berkerley, que pela recusa de personagens principais ou de uma trama narrativa mais conseqüente. Tampouco é incomum que tais grupos deixem de possuir elementos “anômalos” ao padrão homogeneizador – no caso dos pingüins, dois deles, um mais velho e , sobretudo, um ainda bem jovem, provocam o efeito de dissonância que pretende suscitar o humor. Integrante  das Silly Symphonies. Walt Disney Prod.  Para Columbia Pictures. 7 minutos e 2 segundos.

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