Não, Mário Alex Rosa

Não. Não saio do poema
de mãos lavadas, peito fechado.
Saio aberto a tudo, sujo, sem mascara,
do corte, do apurado – palavra ou ferida.
Tudo é nítido e tudo vira manhã sem véspera
e se fere ou fezes, amor ou flor,
não garante o poema, mas a camisa de força
que controla a sua dor.

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