Filme do Dia: African Diary (1945), Jack Kinney

African Diary (EUA, 1945). Direção: Jack Kinney. Rot. Original: Bill Peet. Música: Oliver Wallace.
       Pateta vai a África e embarca em um safári que somente acaba, de forma radical, com a presença de uma furiosa especime de rinoceronte, que os expulsa não apenas da expedição como do próprio continente africano. 
     Narrado, ao menos inicialmente, sob um formato que faz evidente menção aos exploradores africanos do século XIX e seus célebres diários, o filme tampouco deixa de reforçar imageticamente clichês associados a tais expedições como revisitados, igualmente, pela produção cinematográfica de ação ao vivo, sobretudo em sua primeira metade. Assim, os nativos africanos são representados enquanto uma versão idêntica do Pateta porém trajando adereços e sendo demasiado subservientes em relação ao norte-americano, observados tais como pulgas atravessando as montanhas. Com relação a essa última representação, pode-se atenuar tal traço quando se observa uma certa massificação da representação do universo igualmente para a própria cultura contemporânea (como é o caso de curtas como Victory Vehicles, também com Pateta e igualmente assinado por Kinney). Posteriormente a ação se centra mais em Pateta e sua interação com os animais e a lagoa onde acampam próximo. Trabalho rotineiro de Kinney, tais curta-metragens já antecipam muita da pauperização dos traços que a animação sofrerá, em virtude da sua demanda de rapidez em comparação com o processo de feitura dos longas. Um dos poucos momentos efetivamente cômicos se dá através do comentário do narrador que diante dos traços no traseiro de um cervo, acaba por afirmar que o que chama atenção na espécie é o formato de seu chifre. Walt Disney Prod. para RKO Radio Pictures. 7 minutos e 6 segundos.

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