Filme do Dia: O Marquês (1914), George Nichols & Mack Sennett



O Marquês (Cruel, Cruel Love, EUA, 1914). Direção: George Nichols & Mack Sennett. Rot. Original: Craig Hutchinson. Fotografia: Frank D. Williams. Com: Charles Chaplin, Minta Durfee, Edgar Kennedy, Eva Nelson, Glen Cavender, Billy Gilbert, William Hauber.
Um aristocrata excêntrico (Chaplin) e sensível se envenena quando sua noiva (Durfee) decide romper o noivado ao vê-lo fazendo afagos em sua criada (Nelson). O que ela não sabe é que ele tropeçou por acidente nela. O aristocrata, ao descobrir que sua noiva voltara atrás da decisão, desespera-se pois acredita já ser tarde demais.
Exemplo de um dos primeiros filmes de Chaplin como ator, no mesmo ano que passou a atuar para o cinema, fazendo parte da trupe de Sennett. O resultado final é marcado por cacoetes provenientes da pantomima e do music-hall, sobretudo no que diz respeito as ações físicas envolvendo quedas e tropeções e mesmo na sua estruturação eminentemente teatral, centrada sobretudo nas entradas e saídas a partir de uma câmera sempre fixa. Também ressalta a perspectiva do olhar como motor dramático que desencadeia a sucessão de equívocas – ainda que, se a criada da madame possui um fator determinante na narrativa, passando da observação divertida a elemento do próprio drama, o criado de seu noivo é uma figura que não vai além do histrionismo de acompanhar as cenas, pretendendo evidentemente ser um duplo do próprio espectador, já que sabe que tudo não passa de um engano por parte do patrão. Keystone Film Co. 9 minutos.

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