Filme do Dia: Maldição (1950), Fritz Lang


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Maldição (House by the River, EUA, 1950). Direção: Fritz Lang. Rot. Adaptado: Mel Dinelli, baseado no romance homônimo de A.P. Herbert. Fotografia: Edward Cronjager. Música: George Antheil. Montagem: Arthur Hilton. Dir. de arte: Boris Leven. Cenografia: John McCarthy Jr. & Charles S. Thompson. Figurinos: Adele Palmer. Com: Louis Hayward, Jane Wyatt, Lee Bowman, Dorothy Patrick, Ann Shoemaker, Jody Gilbert, Sarah Padden, Peter Brocco, Howland Chamberlain.

Stephen Byrne (Hayward) é um escritor sem sucesso, bancado pelo irmão John (Bowman), que acidentalmente assassina a empregada de sua casa, Emily Gaunt (Patrick) que andava assediando. Com o auxílio do irmão, ele joga o corpo em uma lagoa, envolto em um saco. John descobre que o saco possuía seu nome. Stephen busca o cadáver e chega perto de capturá-lo, mas a correnteza o leva. A polícia encontra o cadáver e um julgamento se inicia. Embora ninguém tenha provado, as maiores suspeitas são contra John. Toda a publicidade em torno do caso alavanca o novo romance de Stephen, que se torna um sucesso.  A esposa de Stephen, Marjorie (Wiatt), sentindo ser cada vez mais destratada por ele, aproxima-se progressivamente de John. Stephen pensa ter matado o irmão e vai para casa com o intuito de matar a esposa, tentando forjar um cenário de assassinato seguido de suicídio para o irmão.

Esse drama sombrio talvez seja prejudicado com a sua transição abrupta para a sequência do tribunal, tornando-o mais redundante e menos efetivo em sua boa construção atmosférica que segue sua primeira metade. Louis Hayward emposta um que do cinismo de um Orson Welles para seu personagem, que ganha maior realce quando contrastado com as trivialidades do contato com a velha vizinha, onde sua máscara de respeitabilidade e polidez mal disfarça o quanto ele se acha superior a todo aquele universo no qual vive. Ainda que exista um breve momento de suspenção, na qual sobre todos os personagens principais parece pairar uma nuvem de indeterminação, algo comum na filmografia de Lang, tudo não passa de um leve sopro que infelizmente se dilui dando lugar aos arquétipos mais convencionais.  O fato de ser uma produção independente para um pequeno estúdio se faz presente na modéstia de sua cenografia e figurinos, assim como no elenco sem nenhuma estrela de primeira grandeza.  Fidelity Pictures Corp. para Republic Pictures. 88 minutos.

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