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Filme do Dia: Samba Traoré (1992), Idrissa Ouedraogo

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  S amba Traoré (Burkina Faso/França/Suíça, 1992). Direção: Idrissa Ouedraogo. Rot. Original: Santiago Amigorena, Jacques Arhex & Idrissa Ouedraogo. Fotografia: Pierre-Laurent Chénieux & Mathieu Vadipied. Música: Faton Cahen & Wasis Diop. Montagem: Joëlle Dufour. Dir. de arte: Yves Brover-Rabinovici. Figurinos: Oumou Sy. Com: Bakary Sangaré, Mariam Kaba, Abdoulaye Komboudry, Irène Tassembedo, Moumouni Campaoré, Sibidou Ouédraogo, Hippolyte Wangrava, Joseph Traoré. Samba Traoré (Sangaré) volta rico da cidade com o produto de um roubo a um posto de gasolina que envolveu morte. Ele se afeiçoa da bela Saratou (Kaba), mãe do garoto Ali,   que rapidamente se afeiçoa de Samba. Samba provoca desconfiança entre vários moradores da aldeia, dentre eles seus próprios pais e também Saratou, pela quantidade de dinheiro que possui. Para o melhor amigo Salif (Komboudry) afirma que ganhou dinheiro em plantações de banana. Um relacionamento antigo de Saratou, Ismael (Wangrawa) retorna a al

Filme do Dia: Minha Estação Preferida (1992), André Techiné

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  M inha Estação Preferida ( Ma Saison Préféré , França, 1992) Direção: André Techiné. Rot.Original: A.Techiné&Pascal Bonitzer. Fotografia: Thierry Arbogast. Com: Catherine Deneauve , Daniel Auteil, Chiara Mastroianni, Marthe Villalonga, Ingrid Caven.   Emillie (Deneauve) é profissional bem sucedida, dividindo o trabalho com seu esposo. No natal resolve chamar o irmão Antoine (Auteil) e a mãe (Villalonga), que recentemente sofreu um colapso, para passarem a noite com a família, o filho adotivo Lucien, a filha (Mastroianni), além de uma amiga, que divide as atenções dos irmãos. Antoine se desentende uma vez mais com o cunhado. Os conflitos da noite servem para demonstrar à Emillie que sua união está longe de ser completa, devido principalmente ao bloqueio afetivo de seu marido. Um novo colapso da mãe reunirá outra vez Emillie e Antoine meses depois. Esta vem propor o internamento da mãe em um asilo. Antoine revolta-se inicialmente mas acaba concordando. Tanto Emillie, agora separ

Filme do Dia: Andrei Svislotskiy (1992), Igor Kovalyov

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A ndrei Svislotskiy (Rússia, 1992). Igor Kovalyov. Atento ao detalhe e a repetição como emuladores de uma boa narrativa, ainda que virtualmente opaca em boa parte de suas informações restringidas, Kovalyov, ocasionalmente influenciado pelo mestre estoniano Priit Pärn, realiza algo aqui muito distante daquele, mesmo que guarde alguma semelhança nos traços. A distinção se faz, sobretudo, pela recusa que certas “facilidades” de um nonsense mais prevalente que a obra de Pärn pode suscitar. Aqui, pelo contrário, elementos de  irrealidade brotam de um mundo físico bastante orientado e relativamente convencional, e os detalhes emergem com rara força expressiva. Seja mulher e foice no campo, inseparáveis, seja a gaveta desejosa de ser conhecida pelo servo, sejam os pássaros que atravessam o campo visual em bando diversas vezes, quando um dos personagens sai da casa ou ainda o quadro, única referência em cores profusas em uma produção que apresenta tons em sépia. E, mais que todos talvez,

Filme do Dia: Guelwaar (1992), Ousmane Sembene

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G uelwaar (Senegal/França/Alemanha/EUA, 1992). Direção e Rot. Original: Ousmane Sembene. Fotografia: Dominique Gentil. Música: Baaba Maal. Montagem: Marie-Aimée Debril. Com: Mame Ndoubé Diop, Ndiawar Diop, Lamine Mane, Babacar Mbaye, Omar Seck,  Papa Momar Mbaye, Thierno Ndiaye Doss, Myriam Niang. Guelwaar (Doss), nome pelo qual ficou conhecido o ativista político Pierre Henri Thioune,   de fé cristã, assassinado por explicitar todo o conluio entre lideranças locais e a ajuda internacional para manter a população miserável na dependência, é enterrado equivocadamente em um cemitério muçulmano. Seu filho, Barthelemy (Ndiawar Diop), que se considera cidadão francês e reclama de tudo e de todos, sobretudo com o policial Gora (Seck), vai até a aldeia muçulmana onde o corpo foi enterrado. Enquanto isso, sua mãe   (Ndoubé Diop) chora as dores da perda do marido, assim como do sofrimento que ele lhe causou não poucas vezes, maldizendo igualmente seu filho aleijado e sua filha prostitut

Filme do Dia: Cães de Aluguel (1992), Quentin Tarantino

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C ães de Aluguel ( Reservoir Dogs , EUA, 1992). Direção: Quentin Tarantino. Rot. Original: Quentin Tarantino & Roger Avary. Fotografia: Andrzej Sekula. Montagem: Sally Menke. Dir. de arte: David Wasco. Cenografia: Sandy Reynolds-Wasco. Figurinos: Betsy Heimann. Com: Harvey Keitel, Tim Roth, Michael Madsen, Chris Penn, Steve Buscemi, Lawrence Tierney, Edward Bunker, Quentin Tarantino. O criminoso Joe Cabbot (Tierney) planeja uma ação de assalto a joalheria, no qual o grupo envolvido será batizado com codinomes referentes a cores:   Mr. White (Keitel); Mr. Orange (Roth);Mr. Blue (Bunker); Mr. Blonde (Madsen); Mr. Pink (Buscemi); Mr. Brown (Tarantino). Seu filho, Eddie (Penn), também acompanha de perto a operação, que é mal sucedida. Brown morre na operação, enquanto   White, aliás Larry Dimmick e Orange, aliás Fred Newandyke, na tentativa de fuga desesperada, acabam abordando uma mulher em um veículo que fere gravemente Orange, antes de ser morta pelo mesmo. Larry leva Fred a

Filme do Dia: O Último Mergulho (1992), João César Monteiro

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O  Último Mergulho (Portugal/França, 1992). Direção e Rot. Original: João César Monteiro. Fotografia: Dominique Chapuis. Montagem: Stéphanie Mahet. Figurinos: Isabel Branco. Com: Fabienne Babe, Canto e Castro, Francesca Prandi, Rita Blanco, Dinis Neto Jorge, Catarina Lourenço, Fabienne Monteiro, Teresa Roby. Samuel (Jorge), jovem rapaz,   desiste da ideia do suicídio quando um homem já velho, Eloi (Canto e Castro), convida-o para beber. Com uma mulher inválida, Elói leva Samuel para a noite e para o sexo com sua filha, Esperança (Babe), porém   posteriormente pratica o suicídio. Embora aparentemente seja um filme bem mais convencional que a média do cineasta, da metade para o final tal impressão se desfaz por completo. Até por volta de sua primeira metade a narrativa segue uma decupagem relativamente convencional, em termos do encadeamento das ações, que representam a aventura dos personagens pela noite lisboeta, ao mesmo tempo que o filme oferece uma comovente generosidade

Filme do Dia: Daens - Um Grito de Justiça (1992), Stijn Coninx

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D aens - Um Grito de Justiça ( Daens , Bélgica/França/Holanda, 1992). Direção: Stijn Coninx. Rot. Adaptado: François Chevalier & Stijn Coninx, baseado no romance Pieter Daens de Louis Paul Boon. Fotografia: Walther van den Ende. Música: Dirk Brossé. Montagem: Ludo Troch. Dir. de arte: Hubert Pouille & Allan Starski. Figurinos: Yan Tax. Com: Jan Decleir, Gérard Desarthe, Antje de Boeck, Michael Pas, Johan Leysen, Jappe Claes, Idwig Stephane, Karel Baetens.       O padre Daens (Declair) torna-se, em pouco tempo, uma liderança política em meio ao proletariado belga do final do século XIX. Defendendo melhores condições para a classe trabalhadora e mesmo com uma tentativa de fraude, Daens torna-se prefeito do vilarejo industrial. Porém, a classe empresarial, incomodada com sua atuação, que apóia uma grande greve, pressiona o Vaticano para que ele interrompa sua carreira como padre. Uma das mais ardorosas seguidoras de Daens, a jovem operária Nette (de Boeck), ainda ignorante

Filme do Dia: O Jogador (1992), Robert Altman

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O Jogador ( The Player , EUA, 1992). Direção: Robert Altman. Rot. Adaptado: Michael Tolkin, baseado no seu próprio romance. Fotografia: Jean Lépine. Música: Thomas Newman. Montagem: Maysie Hoy & Geraldine Peroni. Dir. de arte: Stephen Altman & Jerry Fleming. Cenografia: Susan Emshwiller. Figurinos: Alexander Julian. Com: Tim Robbins, Greta Schacci, Peter Gallagher, Vincent D’Onofrio, Sydney Pollack, Whoopi Goldberg, Dean Stockwell, Fred Ward, Richard E. Grant, Cynthia Stevenson, Brion James, Lyle Lovett, Dina Merill, Angela Hall, Leah Ayres.         Griffin Mill (Robbins) é um produtor-executivo de Hollywood, com o direito a escolher entre as centenas de propostas que recebe anualmente, algumas das doze que serão produzidas pelo estúdio. Seu poder, no entanto, encontra-se ameaçado com a  ascensão de um novo executivo Larry Levy (Gallagher) e sua possível demissão. Para complicar as coisas, torna-se  vítima de postais ameaçadores de um dos roteiristas que teve seu trab

Filme do Dia: Arte de Viver (1992), Ang Lee

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A rte de Viver ( Tui Shou , Taiwan, 1992). Direção: Ang Lee. Rot. Original: Ang Lee & James Schamus. Fotografia: Lin Jong. Música: Qu Xiao-Song. Montagem: Tim Sqyres. Dir. de arte: Scott Bradley & Michael Shaw. Figurinos: Elizabeth Jenyon. Com: Sihung Lung, Bo Z. Wang, Deb Snyder, Haan Lee, Lai Wang, James Lou, Audrey Haight, Yin Liang. Tentando fixar residência nos EUA há apenas um mês, o Sr. Chu (Lihung) provoca uma reviravolta na vida de seu filho Alex (Bo Z. Wang). A esposa de Alex, Martha (Snyder), não consegue se comunicar ou compreender as ações do genro e sua presença constante na casa onde vivem provoca o que ela alega ser um bloqueio na escrita de seu segundo romance. O crescente conflito entre as visões de mundo de Martha e Mestre Chu, professor de Tai-Chi-Chuan, inclusive em como tratar o filho do casal, Jeremy (Lee), fazem com que Mestre Chu abandone na surdina a residência e tente morar por conta própria, tornando-se lavador de pratos em um restaurante de

Filme do Dia: Hienas (1992), Djibril Diop Mambéty

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H ienas ( Hiènes , Senegal, 1992). Direção: Djibril Diop Mambéty. Rot. Adaptado: Djibril Diop Mambéty, a partir da peça de Friedrich Dürrenmatt. Fotografia:   Matthias Kälin. Música: Wasis Diop. Montagem: Loredana Cristelli. Figurinos: Oumou Sy. Com: Mansour Diouf, Ami Diakhate, Djibril Diop Mambéty,   Calgou Fall, Faly Gueye, Mamadou Mahourédia Gueye, Issa Ramagelissa   Samb. Numa comunidade que outrora fora próspera mas agora passa por várias dificuldades, o retorno de uma mulher lá nascida, agora milionária, Madame Drameh (Gueye) suscita o interesse de todos. Ela promete várias dezenas de milhões para a comunidade caso eles deem um fim a um amor de sua juventude, que também provocou uma desgraça em sua vida, Draaman (Diouf), ao difama-la injustamente perante à comunidade, o que a fez partir. Aos poucos, a comunidade, inicialmente reticente a proposta de Drameh, por considerá-la injusta, cede aos encantos das facilidades de consumo que são trazidas com ela, como os automóvei

Filme do Dia: Swoon (1992), Tom Kalin

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s woon (EUA, 1992). Direção: Tom Kalin. Rot. Original: Hilton Als & Tom Kalin. Fotografia: Ellen Kuras. Música: James Bennett. Montagem: Tom Kalin. Dir. de arte: Thérèse DePrez & Stacey Jones. Figurinos: Jéssica Haston. Com: Daniel Schlachet, Craig Chester, Ron Vawter, Michael Kirby, Michael Stumm, Valda Z. Drabla, Natalie Stanford, Isabela Araujo, Paul Connor. Chicago, anos 1920. Os amigos  de universidade, amantes  e filhos da classe média alta Richard Loeb (Schlachet) e Nathan Leopold Jr. (Chester), após uma série de pequenos delitos, dão carona a um garoto amigo do irmão mais novo de um deles, Bobby Franks (Connor), utilizando-o como isca do que seria o assassinato perfeito. Após entorpecer o garoto, Richard o espanca até a morte. Depois, jogam ácido sulfúrico e tentam ocultar o cadáver do garoto em uma lagoa. Nathan, no entanto, deixa cair seus óculos no local. Por se tratar de um modelo raro, tendo sido vendidas somente três unidades a polícia rapidamente chega a e

Filme do Dia: A Melodia (1992), Bill Plympton

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A Melodia ( The Tune , EUA, 1992). Direção: Bill Plympton. Rot. Original: Bill Plympton, Maureen McElheron & P.C. Vey. Fotografia: John Donnelly.  Música: Maureen McElhorn. Montagem: Merril Stern. Animação de longa-metragem de um realizador que talvez seja mais conhecido por seus curtas. E talvez merecidamente. Como outros longas animados que lhe antecederam, notadamente Yellow Submarine , no filme de Plympton o leve traço de enredo – um músico pretende levar sua última coleção de músicas para um importante produtor musical e o tempo está se esgotando – é apenas um pretexto para a apresentação da animação e dos números musicais. Como a animação de Plympton porsi só nada tem de extraordinária, ao contrário do filme dos Beatles que ao menos contemplava a psicodelia da época, sobra apenas a trilha de canções, algumas mais interessantes que outras mas longe de chamarem a atenção e – o que talvez seja a melhor qualidade do filme – o seu senso de onirismo sem apelar para cacoetes s

Filme do Dia: Verj (1992), Artavadz Pelechian

Verj (Armênia, 1992). Direção, Rot. Original e Montagem: Artavadz Pelechian. Fotografia: Vahagn Ter-Hakobyan. Como é habitual em sua produção de curtas e médias metragens experimentais, Pelechian consegue um precioso efeito apenas com imagens em preto&branco e música e aqui sem muitos dos habituais recursos de montagem com repetição de cenas para compor uma complexa tessitura audiovisual (tal como em Nós ). Pelechian explora seu modo único de enquadrar rostos de crianças e adultos que viajam em um trem através de um câmera que também balança com o mesmo. A espontaneidade dos rostos flagrados, incluindo a de um homem que é observado em sua cabine pela porta entreaberta, assim como a seqüência final, que capta a explosão de luz de um final de um túnel até dispensariam a utilização de cenas da paisagem e de um tema musical a partir da metade, sendo os ruídos da locomotiva, provavelmente acrescentados a posteriori , já por si só musicais e capazes de dimensionar um ritmo para o filme
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Filme do Dia: A Playground for Babousch (1992), Noureddin Zarrinkelk

A Playground for Babousch (Irã/Bélgica, 1992). Direção e Rot. Original: Noureddin Zarrinkelk. Criança tenta de todas as formas alcançar seu balão que ficou preso na lua. O maior charme desse curta de animação é justamente a forma singela, sem cair na pieguice, com que o desenho de traços básicos e o cenário grandemente estilizado de mundo de conto de fadas interage com o universo de fantasia infantil, tornando-se mais interessante do que boa parte dos filmes mais pretensiosos de seu produtor, Raoul Servais. Os motivos e as cores, assim como a recusa do perspectivismo, fazem menção não apenas a motivos de fantasia mas são fortemente enraizados no imaginário tradicional sobre ou do Irã, inclusive no que diz respeito evidemente a própria história de sua arte. Royal Academy of Fine Arts. 6 minutos e 53 segundos.