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Mostrando postagens com o rótulo Cinema Mudo

Filme do Dia: Searching Ruins on Broadway, Galveston, for Dead Bodies (1900), Albert E. Smith

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  S earching Ruins on Broadway, Galveston, for Dead Bodies (EUA, 1900). Direção e Fotografia: Albert E. Smith Plano estático de homens vasculhando destroços do furacão que se abateu sobre Galveston, Texas e foi tema de vários outros filmes do mesmo período ( Panoramaof Galveston Power House , Bird´s Eye View of Dock Front, Galveston ). O catálogo da companhia faz menção ao fato de um corpo ter sido encontrado durante o momento da filmagem, menção que tanto pode ter sido inventada para criar um apelo maior para o filme ou efetivamente ter ocorrido e não ter sido registrada ou editada ao final por questões éticas. O fato é que nada sugere algo parecido nas imagens existentes. Edison Manufacturing Co. 54 segundos.  

Filme do Dia: Stanford University, California (1897), W. Bleckyrden

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  S tanford University, California (EUA, 1897). Fotografia: W. Bleckyrden. Registro de um grupo de acadêmicos saindo da referida universidade que dá título ao filme e onde se destaca um  pórtico, que viraria escombro após o terremoto de 1906 e nunca mais voltaria a ser reconstruído. Talvez se torne incomum o fato de lidar com uma coletividade que representa parte da elite americana e não o operariado, que geralmente era motivo de tais registros coletivos, desde os Lumière ( La Sortie de las Usines Lumière ), quando tal elite somente era flagrada em momentos de diversão e lazer.Edison Manufacturing Co. 27 segundos.

Filme do Dia: The Dream (1911), Thomas H. Ince & George Loane Tucker

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  T he Dream (EUA, 1911). Direção: Thomas H. Ince & George Loane Tucker.  Rot. Original: Herbert Brenon. Com: Mary Pickford, Owen Moore, William Robert Daly, Charles Arling. Marido (Moore) leva uma vida descompromissada de solteiro, divertindo-se com amantes e bebida e destratando sua dedicada mulher (Pickford), ao chegar em casa. Depois de tombar no sofá, acaba sonhando que sua mulher, cansada do descaso, ajuda a desarrumar a casa e sai com o amante, pouco se importando com ele. Ele a segue desesperado e a flagra jantando com amante, mas o casal o ignora completamente. Arrasado, atira contra o próprio peito ao chegar em casa e acorda do sonho. Porém, esse pareceu tão real, que ele estranha ao encontrar a mulher submissa como habitual e passa a tratá-la de forma atenciosa. Embora Ince ocasionalmente tenha uso ainda mais piegas das relações sentimentais entre seus personagens do que o próprio Griffith (em filmes como Granddad ), aqui parece consientemente ironizar a abordagem mo

Filme do Dia: The Birth of a Flower (1910), F. Percy Smith

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T he Birth of a Flower (Reino Unido, 1910). Direção: F. Percy Smith. Exercício pioneiro de fotografar diversas flores se abrindo pelo naturalista Smith.Talvez menos interessante que as imagens em si, para o espectador de mais de um século após de sua realização, acostumado a cenas do tipo observadas dezenas de vezes em programas de TV, seja o filme fazer uso de um processo pioneiro de cor que não parte da pintura artesanal da película chamado Kinemacolor, que teria vida relativamente breve e fazia uso de filtros nas projeções e filmagens de um original em p&b. Charles Urban Trade Co. 7 minutos.  

Filme do Dia: Au Pays Noir (1905), Ferdinand Zecca & Lucien Nonguet

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  A u Pays Noir (França, 1905). Direção Ferdinand Zecca & Lucien Nonguet. Rot. Adaptado a partir do romance de Émile Zola. A descrição da precariedade de uma família mineira a apresenta em situação típica associada ao grupo social, família numerosa, mas também com certa dignidade (não há ninguém vestindo andrajos, existem mais objetos de cena, ilustrando os adereços da casa – inclusive um indefectível quadro religioso na parede – que o habitual em produções da época). As cartelas possuem apresentação típica do estúdio então. Letras garrafais em chamativo vermelho sobre fundo preto. Na cena seguinte, a apresentar a saída para o trabalho do chefe da família, observamos um elaborado trabalho cenográfico, primorosamente realista em contraposição aos pensados por Méliès em seu Viagem à Lua , por mais que facilmente se perceba a tentativa de criar profundidade a partir das telas que a representam, mas das quais se pode observar, inclusive, seu contato com o chão. E o mais incrível é

Filme do Dia: Astor Battery on Parade (1899), J. Stuart Blackton & Albert E. Smith

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  A stor Battery on Parade (EUA, 1899). Fotografia J. Stuart Blackton & Albert E. Smith. Uma parade é filmada de uma perspective bastante semelhante a presente em Buffalo Police on Parade (1897), ao ponto de se poder questionar, assistindo somente uma vez a ambos, tratar-se do mesmo filme com acréscimos de algumas imagens. Ao contrário da parada de Buffalo, no entanto, a simetria dos que desfilam não chega a ser tão rigorosa, ao menos depois do primeiro pelotão. Assim como um militarismo, inclusive com exibição de armas e movimento delas, é mais patente do que na outra; enqunanto na outra se respira um ar de maior comodidade e comunidade com a sociedade civil. Vai nessa mesma trilha o movimento mais nervoso, agitado e rápido do passe dos militares em relação a tranqüilidade que acompanha os policiais. Edison Manufacturing Co. 47 segundos.

Filme do Dia: Neron Essayant des Poisons sur des Esclaves (1896), Georges Hatot

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  N eron Essayant des Poison sur des Esclaves (França, 1896). Direção: Georges Hatot. Um assistente de Nero, ao lado do mesmo, oferece veneno a dois escravos, diante de alguns de seus subordinados nesse filme que parece ser uma das primeiras incursões em um repertório mais tipicamente ficcional que o habitualmente associado aos Lumière.  Aparentemente trata-se do primeiro filme dirigido por Hatot. Do cenário excessivamente artificioso aos gestos grandiloquentes da aproximação fatal da morte quase instantânea vivenciada pelos escravos, esse filme parece antecipar em ao menos uma década a maior parte da produção épica italiana. Curiosamente essa produção é um pouco mais longa que as “vistas”, que compunham o grosso da produção dos Lumière então. Destaque para o terceiro homem que entra com os dois escravos e que sai em posição de agradecimento patético (outro escravo de quem foi poupada à vida?). Lumière. 1 minuto.

Filme do Dia: America (1924), D.W. Griffith

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  A merica (EUA, 1924). Direção: D.W. Griffith. Rot. Original: Robert W. Chambers, baseado em seu próprio argumento. Fotografia: G.W.Bitzer, Marcel Le Picard, Hendrik Sartov & Harold S. Sintzenich. Música: Joseph Carl Breil & Adolph Fink. Montagem: James & Rose Smith. Dir. de arte: Charles M. Kirk. Cenografia: Charles E. Boss. Com: Neil Hamilton, Erville Alderson, Carol Dempster, Charles Emmett Mack, Lee Baggs, John Dunton, Arthur Donaldson, Charles Bennett, Lionel Barrymore , Sydney Deane. Nathan Holden (Hamilton) é pobre fazendeiro, mas honesto e possui duas grandes paixões: a independência americana da Inglaterra e o amor da aristocrata Tory,   Nancy Montague (Dempster), filha de Sir Ashley Montague (Deane), apaixonado contra-revolucionário. Do lado das forças britânica, o vil e tirano Walter Butler (Barrymore), fiel apenas a seus próprios interesses. Sir Ashley, discutindo com os revolucionários, inclusive Nathan, acaba acidentalmente sendo morto pelo mesmo. Com a inv

Filme do Dia: A Águia Azul (1926), John Ford

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  A   Águia Azul ( The Blue Eagle , EUA, 1926). Direção: John Ford. Rot. Adaptado: Gordon Rigby & Malcolm Stuart Boylan, a partir do conto The Lord’s Referee , de Gerald Beaumont. Fotografia: George Schneiderman. Figurinos: Sam Benson. Com: George O’Brien, Janet Gaynor, William Russell, Margaret Livingston, Robert Edeson, Philip Ford, David Butler, Lew Short. Dois marinheiros, George Darcy (O’Brien) e “Big” Tim Ryan (Russell) disputam os mimos da jovem Rose Kelly (Gaynor), seja na marinha, seja na vida civil após a guerra, quando Padre Joe (Edeson), leva a termo a luta de boxe que havia sido interrompida por um ataque inimigo durante a guerra. No intervalo entre as lutas, George e Big Tim se tornam amigos, a partir do momento que unem as forças para combater os traficantes que tanto mal fazem à sociedade. Esse trabalho rotineiro de Ford para o estúdio do qual era então contratado, que sobreviveu quase completo mas em estado não muito bom de conservação – os poucos lapsos que e

Filme do Dia: The Bitter Bit (1899), James Bamforth

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  T he Bitter Bit (Reino Unido, 1899). Direção James Bamforth. Homem pressiona a mangueira com a mão, impedindo o fluxo de água de circular. O homem que regava o jardim estranha e observa a saída da mangueira, quando o homem retira o pé da mesma, esguinchando água sobre. O brincalhão se encontra escondido atrás de uma árvore e quando o alvo de sua brincadeira percebe tudo vai atrás dele, que utiliza a própria árvore para tentar fugir do outro, mas é capturado pelo mesmo que o molha com a mangueira. Bamforth não parece alguém propriamente criativo. Das três produções sobreviventes de sua autoria, ao menos duas são cópias de filmes alheios – no caso de The Kiss in the Tunnel , de um homônimo com enredo similar. E, pior que isso, consegue piorar seus copiados. No caso deste. Com mais tempo para apresentar sua “história” que o célebre O Regador Regado , de quatro anos antes, dos Lumière, uma boa parte do seu tempo é gasta em uma inverossímil brincadeira no estilo pega-pega entre os do

Filme do Dia: The Tail of the Monkey (1926), Walter Lantz & David Hand

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  T he Tail of the Monkey (EUA, 1926). Direção: Walter Lantz & David Hand. Nesse filme em particular, a mescla entre animação e ação ao vivo, uma constante na produção inicial de Lantz, dá-se de forma diferenciada de sua série Dinky Doodle, sendo que a separação respeita o que se convencionalizaria durante o cinema clássico como o universo da fantasia mais associado com a animação e o da realidade com ação ao vivo, mesmo que algumas inserções de animação se fazam nas cenas de ação ao vivo. Um tocador de realejo para tentar consolar uma garota que teve seu pirulito surrupiado pelo rabo do macaco, conta uma fábula em que o rabo do macaco é fundamental para que ele efetive todas as suas ações. Mesmo que a fábula não responda convincentemente a perda sofrida pela garota, o curta é construído de forma interessante. Foi co-dirigido por Hand, uma das futuras estrelas dos estúdios Disney (responsável pela direção de clássicos como Branca de Neve e os Sete Anões e Bambi ).  J. R. Bray St

Filme do Dia: The Brave Hunter (1912), Mack Sennett

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  T he Brave Hunter (EUA, 1912). Direção: Mack Sennett. Fotografia: Percy Higginson. Com: Mack Sennett, Dell Henderson, Mabel Normand, Fred Mace, Kate Bruce. Fanfarrão (Sennett) fala sobre seus feitos de caçador na África e apresenta as peles dos animais caçados. A garota (Normand) fica ligeiramente impressionada por seus relatos. Logo, no entanto, ele subirá numa árvore em desespero quando avista um grande urso preto que, na verdade, é um animal amestrado que segue docilmente a garota. Roteiro bastante previsível e não dos mais inspirados em um dos momentos mais profícuos da carreira do realizador-ator Sennett. Para complicar ainda mais o filme não desenvolve exatamente a rivalidade da fórmula “triângulo amoroso” que o próprio cineasta fora um expert em trabalhar de forma criativa ( A Spanish Dilemma , A Dash Through the Clouds ) e que as referências dos créditos sinalizam, sendo aqui não apenas a personagem feminina dada um nome genérico como habitual. E, se a coleira no urso p

Filme do Dia: Course en Sacs (1896), Louis Lumière

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  C ourse en Sacs (França, 1896) Direção: Louis Lumière. Uma corrida de sacos, evento comum nos festejos da época. Os competidores (e muito provavelmente a própria assistência que os ladeia) são operários das fábricas dos Lumière. É interessante a idéia progressiva da multidão que se fecha e goza do desastrado último competidor, que tem seu avanço indiscriminado que ameaça a própria câmera que os registra;   alertado pelo realizador, dos quais se observa as mãos gesticulando para que algumas pessoas se desviem da câmera, numa primeira aparição do realizador em seu próprio filme, intervenção que se tornará comum no cinema autoral dos anos 60. Lumière. 35 segundos.

Filme do Dia: A Parentela da Esposa (1922), Edward F. Cline & Buster Keaton

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  A Parentela da Esposa ( My Wife’s Relations , EUA, 1922). Direção e Rot. Original Edward F. Cline & Buster Keaton. Fotografia Elgin Lessley. Com Buster Keaton, Wallace Beery, Monte Collins, Kate Price, Joe Roberts, Tom Wilson. Casado por equívoco com uma mulher, Kat (Price) que ia atrás de um juiz para reclamar dos danos provocados por ele (Keaton), passa a morar com ela e uma família de irmãos e pai (Collins), intratáveis e broncos. A situação muda de configuração quando um dos irmãos descobre que o recém-cunhado herdou uma fortuna. E passam a alugar uma mansão, sendo servidos por empregados, até descobrirem que era um vizinho que havia herdado o dinheiro. Um dos motivos do humor, já se aproximando do final do curta, é o bastante utilizado pelo gênero cômico ao longo de décadas, das pessoas pobres fazendo uso de moradia, serviçais e utensílios de ricos, como é o caso de Kat sendo servida de uma café e derramando o líquido no pires e o sorvendo quase a escorrer pelo canto da

Filme do Dia: Terra em Chamas (1922), F.W. Murnau

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  T erra em Chamas ( Der Brennend Acker , Alemanha, 1922). Direção: F.W. Murnau. Rot. Original: Willy Haas, Arthur Rosen & Thea Von Harbou. Fotografia: Karl Freund & Fritz Arno Wagner. Música: Alexander Schirmann. Dir. de arte: Rochus Gliesse. Com: Eugen Klöpfer, Vladimir Gajdarov, Lya De Putti, Stella Arbenina, Alfred Abel, Grete Diercks, Eduard von Winterstein, Werner Krauss, Grete Dierckes. O agricultor Rog (Krauss) morre e seu filho, já vivendo na cidade, Johannes (Gajdarov) não chega a tempo de testemunhar seu último suspiro. Johannes não pretende seguir a tradição familiar como o irmão Peter (Klöpfer), de trabalhar as terras do pai e se estabelecer em um ambiente que agora, observando com outros olhos, acha rude e inculto. Ele é contratado como secretário do Conde Rudenburg (von Winterstein) e se encontra interessado em sua filha, Gerda (De Putti). Quando sabe que a Condessa Helga (Arbenina) irá herdar os bens do marido convalescente, decide mudar de ideia. O que Helga

Filme do Dia: Eine Moderne Ehe (1907), Johann Schwarzer

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  E ine Moderne Ehe (Áustria, 1907). Direção: Johann Schwarzer. Casal burguês se encontra na mesa apático até o momento em que ele recebe um bilhete o convidando ao clube, para cuidar de “negócios”. A mulher, aproveitando a ocasião, manda um bilhete para o amante e se encontra com o mesmo, enquanto o marido se diverte com uma prostituta. Ainda que o “desmascaramento da moral burguesa” seja um aditivo erótico habitual em alguns filmes de Schwarzer, ao mesmo tempo se observa, pelo padrão narrativo que Griffith logo estaria estabelecendo, surge aqui algo truncado, ao apresentar as situações vividas por marido e esposa de forma algo independente. Trata-se de um dos raros filmes de Schwarzer em que se observa, de fato, uma interação erótica entre um casal (na verdade, dois aqui), ainda que em ambos os casos, todos estejam com roupas, sejam roupas sociais no caso do marido e sua parceira, seja roupas íntimas que não deixam muito o que se ver, no caso da mulher com o amante – como se a situ

Filme do Dia: Le Baromètre de la Fidélité (1909), Georges Monca

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  L e Baromètre de La Fidélité (França, 1909). Direção: Georges Monca. Com: Max Linder , Jeanne Marnac . Após lua-de-mel idílica, casal se vê em situação de tédio absoluto após dois anos e cada um possui seu amante. Uma amiga do casal, vendo que a situação não está nada animadora, envia a esposa um “barômetro da fidelidade”. Um criado, após saber da função do instrumento, altera a cor do mesmo, deixando os cônjuges desesperados ao chegarem em casa e o verem com a cor alterada. Curiosamente o ritmo desse filme é bem mais feérico do que as produções posteriores dirigidas pelo próprio Linder e, inclusive, possuindo uma montagem mais rápida do que a maior parte da produção norte-americana contemporânea, incluindo Griffith . Seu aberto tom de farsa se resolve através dos paralelismos e consegue soluções visuais cinematográficas à altura das teatrais, como a  semelhante  velocidade frenética  com que marido e esposa deslizam pelo vestíbulo para irem de encontro aos seus respectivos aman

Filme do Dia: Revezes (1927), Chagas Ribeiro

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  R evezes (Brasil, 1927). Direção e Rot. Original: Chagas Ribeiro. Fotografia: Horácio de Carvalho. Com: Anísio Moreira, Mariinha Marrocos, Antonio Marrocos, Antonio Pinto, Domingos Gusmão, Lincoln Lima, Ernani Outran. O filho do fazendeiro Jacinto, Jayme, é apaixonado de longa data por Célia, que mora na fazenda do pai, que não visita faz três anos, já que é estudante de agronomia no Recife. Quando retorna, Célia, envolvida afetivamente com o agricultor Carlos, pede que ele abandone a fazenda, temendo algum ato violento por parte de Jayme. Inconformado com a situação, após matutar solitariamente, Jayme espia Celia e a aborda de forma agressiva. Essa consegue se desvencilhar e corre para sua casa, fechando a porta. Com a febre aftosa grassando há dois meses, Jacinto vê-se na iminência da ruína. Uma comitiva de vaqueiros, comandada por Carlos, tenta alguma resposta de Jacinto, mas são expulsos de sua casa. Jayme, por sua vez, vai falar com Anselmo que se não fizer com que Célia aband

Filme do Dia: The Sultan's Wife (1917), Clarence G. Badger

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  T he Sultan’s Wife (EUA, 1917). Direção: Clarence G. Badger. Com: Bobby Vernon, Gloria Swanson, Joseph Callahan, Frank Bond, Blanche Payson, Teddy, o cachorro. Numa viagem para a Índia, Gloria (Swanson), amor de Bobby (Vernon) é sequestrada pelos homens de um Rajá (Callahan), que a quer como uma de suas centenas de mulheres em um harém. Descontado o caráter etnocêntrico com que a Índia é retratada desde o início, já surgindo uma cartela que faz referência às poucas roupas que os indianos utilizam – característica relativamente pouco explorada ou dubiamente explorada com um Raja, de pernas completamente desnudas, mas cobertas por uma meia que pretende mimetizar a pele de fato – trata-se de uma produção acima da média das estreladas pela dupla Vernon-Swanson e também pelo estúdio que a produziu. É evidente que sua marca etnocêntrica, que estará presente no cinema quase indelével até os dias de hoje, transforma os indianos em algo como crianças crescidas, a quem é demasiado fácil en

Filme do Dia: Stop, Thief! (1901), James WIlliamson

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  P ega Ladrão ( S top, Thief! , Reino Unido, 1901). Direção: James Williamson. Com: Sam Dalton. Um larápio rouba um homem e sai correndo. O homem o persegue e alguns moradores observam a cena. O larápio pula em um barril atraindo a atenção de cachorros que pulam no mesmo barril. Cada dono de um cachorro vai pegar o seu, e o homem que foi furtado pega o larápio e lhe dá uma surra. Um dos primeiros filmes a fazer uso de uma certa noção de continuidade espacial, continuidade essa elaborada a partir de uma montagem que privilegia o acompanhamento da continuação de uma ação de perseguição – sendo o filme uma espécie de protótipo dos chamados “filmes de perseguição” de anos após. Dalton, que encarna o larápio, colaborou em diversas produções de Williamson, encontrando-se aqui quase irreconhecível quando em comparação ao mais famoso The Big Swallow , realizado no mesmo ano. Williamson Kinematograph Co. 1 minuto e 57 segundos.