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Filme do Dia: Is That All There Is? (1995), Lindsay Anderson

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  I s That All There Is? (Reino Unido, 1995). Direção e Rot. Original: Lindsay Anderson. Música: Alan Price.   Montagem: Nicolas Gaster . Singelo documentário, dedicado a duas atrizes que haviam se suicidado, Jill Bennett e Rachel Roberts, sendo a última atriz que marcou os anos mais produtivos do drama realista kitchen sink britânico dos idos de 1960, e que tem suas cinzas (simbólicas ou reais) jogadas ao vento em um passeio no Tâmisa (algo evocativo do final de Lightining Over Water , porém destituído do tom algo fake daquele). Evidentemente também foi pensado como um filme-testamento pelo próprio Anderson, que morreria antes de vê-lo lançado. É singelo, sobretudo, por apresentar o cotidiano do realizador, destituído do glamour e/ou sentimentalismo habitualmente oferecidos quando se refere ao mundo dos astros e realizadores do cinema. Aqui, ao contrário, o cineasta se observa com fleugma e dignidade britânicas, de roupão e despejando redoxon para ingerir com algumas pílulas,   na

Filme do Dia: Se...(1968), Lindsay Anderson

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S e... ( If... , Reino Unido, 1968). Direção: Lindsay Anderson. Rot. Original: David Sherwin & John Howlett sob o roteiro The Crusaders . Fotografia: Miroslav Ondrícek. Música: Mark Wilkinson. Montagem: David Gladwell. Dir. de arte: Jocelyn Herbert & Brian Eatwell. Figurinos: Shura Cohen. Com: Malcolm Mcdowell, David Wood, Richard Warwick, Christine Noonan, Rupert Webster, Robert Swann, Hugh Thomas, Michael Cadman. Em um colégio interno que comemora seu meio milênio de existência, mas que passa por dificuldades para manter seu prestígio, um grupo de jovens, liderados por Mick Travis (Macdowell) acaba chamando a atenção de um grupo de deões, particularmente Denson (Thomas). Travis foge com um amigo Johnny (Wood) após furtar uma moto para um passeio, onde conhecem uma garçonete (Noona). Após serem castigados com uma humilhação física, a dupla, juntamente com Wallace (Warwick), atira com balas de verdade em um treinamento militar escolar, ferindo um dos oficiais. Disposto

Filme do Dia:Todos os Dias Menos no Natal (1957), Lindsay Anderson

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T odos os Dias Menos no Natal ( Every Day except Christmas , Reino Unido, 1957). Direção e Rot. Original: Lindsay Anderson. Fotografia: Walter Lassally. Música: Daniele Paris. Montagem: John Fletcher. Poética crônica documental do mercado de Covent Garden, em Londres, procurando seguir um ritmo temporal do que seria um dia rotineiro que inicia bastante cedo, com os caminhoneiros trazendo as frutas e flores, o bar, a chegada dos comerciantes e compradores. Por mais arrastado que possa parecer ao olhar de meio século após, o filme se destaca diante da produção   rotineira contemporânea pelo ritmo cíclico com que revisita os personagens que havia apresentado anteriormente – com destaque para uma senhora que é a última mulher carregadora, função antes exclusivamente feminina. A voz over do narrador Alun Owen, futuro roteirista de Os Reis do Iê-Iê-Iê é que efetua a articulação entre os locais e os “personagens” apresentados, assim como especifica o tempo aproximado em que transcorre

Filme do Dia: Wakefield Express (1952), Lindsay Anderson

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W akefield Express (Reino Unido, 1952). Direção: Lindsay Anderson. Fotografia: Walter Lassaly. O tom amistoso e mesmo ocasionalmente paternalista com que esse curta descreve as atividades de um jornal provinciano chega quase às raias da ironia, no modo como procura apresentar, através do cinema, objetos potenciais das páginas do jornal – de um grupo de meninas cantoras que se apresenta para seus parentes ao time de rúgbi, a mais velha senhora do local. Talvez o que exista de mais interessante seja a forma dinâmica com que o curta é construído, algo incomum para o padrão associado ao Free Cinema . Aqui se passeia dos potenciais temas do jornal a um retorno ao passado de Wakefield através justamente de ilustrações de jornais centenários e depois se acompanha todo o processo de elaboração   de um jornal. E, quando se encontra pronto para ir a prensa e se tornar o produto final que chegará às mãos do leitor, o filme reapresenta diversas das cenas anteriormente vistas, buscando se

The Film Handbook#81: Lindsay Anderson

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Lindsay Anderson Nascimento : 17/04/1923, Bangalore, Índia Morte : 30/08/1994, Angoulême, Charente, França Carreira  (como diretor): 1948-1993 Um progressivo enfraquecimento, tanto em termos de qualidade quanto de quantidade, na obra de Lindsay Gordon Anderson, desmente o fato de que de todos os realizadores associados com o  movimento do Free Cinema britânico no final dos anos 50 ele tenha sido o mais habilidoso. Desde então, o compromisso parece ter se petrificado numa postura hipócrita, a paixão em bile. Como montador do cinejornal Sequence , Anderson vociferou uma crítica polêmica da indústria de cinema britânica (por sua confiança em temas burgueses e sóbrios). Ele endossou essa visão realizando curtas documentais sobre temas tão variados quanto operários fabris, uma escola para surdos e o mercado de Covent Garden. Em 1963 dirigiria seu primeiro longa, O Pranto de um Ídolo / This Sporting Life > 1  baseado em um romance de David Storey sobre o condenado amor de um joga

Filme do Dia: O Pranto de um Ídolo (1963), Lindsay Anderson

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O Pranto de um Ídolo ( This Sporting LIfe , Reino Unido, 1963). Direção: Lindsay Anderson. Rot. Adaptado: David Storey, baseado em seu próprio romance. Fotografia: Denys N. Coop. Música: Robert Gerhard. Montagem: Peter Taylor. Dir. de arte: Alan Whity. Cenografia: Peter Lamont. Figurinos: Sophie Devine. Com: Richard Harris, Rachel Roberts, Alan Badel, William Hartnel, Colin Blakely, Vanda Godsell, Anne Cunningham, Jack Watson, Arthur Lowe. Ex-mineiro e jogador de rugby amador, Frank Machin (Harris) vive na casa da viúva Margaret Hammond (Roberts), por quem é apaixonado, e sonha em ser contratado pelo City, clube de prestígio. Em uma apresentação virtuosa chama a atenção de um empresário do clube, Gerald Weaver (Badel). Ele é contratado pelo salário de mil libras, porém sua relação com Margaret continua complicada, pois ela nunca assume de fato a relação com ele e não consegue esquecer de todo o marido suicida. A fama e o sucesso repentinos de Machin, por sua vez, o fazem perce