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Filme do Dia: Justiça (2004), Maria Augusta Ramos

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J ustiça (Brasil/Holanda, 2004). Direção e Rot. Original: Maria Augusta Ramos. Fotografia: Flávia Zangrandi. Montagem: Joana Collier, Maria Augusta Ramos & Viviane Rodrigues de Brito. Documentário filiado a linha do Cinema Direto que acompanha a trajetória de algumas pessoas que transitam pelo sistema judicial brasileiro. Apesar de inicialmente possa ser sugerida uma proximidade com outras realizações documentais tais como Violência Doméstica 2 (2002), de Frederick Wiseman ou o anterior Presos em Flagrante (1994), de Raymond Depardon, aqui se vai além dos ambientes dos tribunais e se observa alguns dos envolvidos em sua rotina cotidiana, como é o caso da mãe de Cléber, o preso a qual se dá destaque ao filme, num culto evangélico, a defensora pública Maria Ignez jantando com os pais ou buscando a filha na escola, o parto da companheira de Cléber e o nascimento de sua filha ou a juíza Fátima Maria Clemente tomando posse como desembargadora – não por coincidência a ú

Filme do Dia: Futuro Junho (2015), Maria Augusta Ramos

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F uturo Junho (Brasil, 2015). Direção: Maria Augusta Ramos. Fotografia: Lucas Barbi & Camila Freitas. Montagem: Karen Akerman. Na iminência da Copa do Mundo de 2014 e com manifestações pipocando pelo país esse documentário segue a trajetória de um operário da indústria automobilística, um motoboy, um sindicalista dos metroviários e um economista. Cada um, a seu modo, vivencia os efeitos de uma sociedade em mutação. Numa das falas mais interessantes do filme, o economista, André Perfeito, afirma que se chegou a uma verdadeira encruzilhada no país: ou se avança e se quebra os paradigmas do que já está posto ou se regride a uma posição em que as camadas menos favorecidas que ascenderam a classe C nos últimos anos retornarão as D e E e, numa inspirada fala ilustrativa, ele faz referência a “alguém que usava sabão de coco e passou a usar Dove, não vai querer voltar a usar sabão de coco.” No outro extremo do espectro, existe o operário da Volkswagen, de quem pouco se ouve e si

Filme do Dia: Morro dos Prazeres (2013), Maria Augusta Ramos

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Morro dos Prazeres (Brasil/Holanda, 2013). Direção: Maria Augusta Ramos. Fotografia: Leo Bittencourt & Guy Gonçalves. Montagem: Karen Akerman. Fechando a trilogia iniciada com Justiça (2003) e Juízo (2007), o filme traça um intenso retrato das tensões subterrâneas (e não tão subterrâneas) da relação entre moradores e a polícia no morro que dá nome ao título, onde foi instalada uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). De forma pouco usual, o documentário consegue se aproximar tanto de um núcleo quanto de outro, trazendo “personagens” ricos de ambos os lados e momentos bastante interessantes que se sobrepõe ao que é flagrado mais ao cotidiano e tampouco deixa de revelar muito do que há de humano, desde a jovem traficante falando sobre quando havia sido flagrada pela polícia em um jorro interminável de palavras até o chefe do comando das UPPs que faz um discurso em que associa a virilidade dos policiais ao armamento que carregam consigo “como uma extensão do próprio pêni