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Mostrando postagens com o rótulo Max Linder

Filme do Dia: Le Baromètre de la Fidélité (1909), Georges Monca

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  L e Baromètre de La Fidélité (França, 1909). Direção: Georges Monca. Com: Max Linder , Jeanne Marnac . Após lua-de-mel idílica, casal se vê em situação de tédio absoluto após dois anos e cada um possui seu amante. Uma amiga do casal, vendo que a situação não está nada animadora, envia a esposa um “barômetro da fidelidade”. Um criado, após saber da função do instrumento, altera a cor do mesmo, deixando os cônjuges desesperados ao chegarem em casa e o verem com a cor alterada. Curiosamente o ritmo desse filme é bem mais feérico do que as produções posteriores dirigidas pelo próprio Linder e, inclusive, possuindo uma montagem mais rápida do que a maior parte da produção norte-americana contemporânea, incluindo Griffith . Seu aberto tom de farsa se resolve através dos paralelismos e consegue soluções visuais cinematográficas à altura das teatrais, como a  semelhante  velocidade frenética  com que marido e esposa deslizam pelo vestíbulo para irem de encontro aos seus respectivos aman

Filme do Dia: Sete Anos de Azar (1921), Max Linder

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  S ete Anos de Azar ( Seven Years of Bad Luck , EUA, 1921). Direção e Rot. Original: Max Linder . Fotografia: Charles Van Enger. Com: Max Linder, Alta Allen, Ralph McCoullough, Betty K. Peterson, F.B. Crayne, Chance Ward, Hugh Saxon, Thelma Percy. Max (Linder), um dândi apaixonado por uma garota de sua classe, Betty (Allen), após uma série de mal entendidos, que ele credita ao espelho que quebra em sua casa, numa trapaça montada pelos criados, tenta esquecer dela viajando sem destino. Logo, no entanto, torna-se vítima de assaltantes e para embarcar no trem e após o embarque, é perseguido pelos funcionários da ferrovia, por não ter pago. Em uma das paradas, passa-se pelo chefe da estação (Saxon) que havia saído e flerta com sua filha (Percy). Quando desembarca, é finalmente descoberto por toda um pelotão de policiais que o perseguem até o zoo, onde ele entra na jaula dos leões e faz amizade com uma leoa, impedindo a aproximação dos policiais. Logo, no entanto, ver-se-á na cadeia, com

Filme do Dia: Les Vacances de Max (1914), Max Linder

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  L es Vacances de Max (França, 1914). Direção e Rot. Original: Max Linder. Com: Max Linder, Lucy d’Orbel, Georges Gorby, Gaby Morlay. Max (Linder) recebe um convite de um tio (Gorby) para se juntar a ele em suas férias, convite que não é estendido a sua esposa (d’Orbel), que chora inconsolável. Ao se despedir, ainda bastante desconsolada, ela permanece no trem que parte. Já na cidade do tio, decide-se que ela ficará na mala, no lugar das roupas, o que se torna uma bagagem bastante pesada, como comprova o empregado do tio. Esse último é quem finda por levar a pesada bagagem. Após fazer vários malabarismos para esconder a esposa, o tio a descobre na pior situação possível, quando entra em sua banheira. Exaltado, expulsa-a de casa. Após Max explicar que são casados, o tio a aceita. O estilo de encenação parece evocativo  da produtora norte-americana Vitagraph, com os personagens bastante próximos da câmera. A fotografia é de grandde limpidez, o que associada a boa preservação da cópi

Filme do Dia: Entente Cordiale (1912), Max Linder

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  E ntente Cordiale (França, 1912).  Direção e Rot. Original Max Linder . Com Max Linder, Jane Renouardt, Stacia Napierkowska, Harry Fragson. O amigo de Max (Linder), Fragson (Fragson), afirma que terá um emprego durante um mês em Paris, e pede que o amigo o receba na estação ferroviária. Max vai recepcionar o amigo na Gare du Nord. Porém, quando já se encontrava para entrar na carruagem, o amigo lhe alerta que está trazendo um piano de cauda. Os dois sobem no piano e a carruagem parte deixando uma perna do piano e os amigos pelo chão. Quando chegam na moradia de Max, seu amigo tenta, sem sucesso, seduzir sua criada. E o mesmo faz Max, em outro aposento. A situação se inverte. Enquanto a criada tem sonhos românticos languidamente deitada em um sofá, Max improvisa seu paletó como avental para limpar a sala, e o amigo se vê com a louça a ser limpa. Os dois amigos dão uma trombada, destruindo o que carregavam e discutem. A noite, após se recolherem aos seus quartos,   flagram um ao out

Filme do Dia: L'Anglais Tel que Max le Parle (1914), Max Linder

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  L ’Anglais Tel que Max le Parle (França, 1914). Direção: Max Linder. Com: Max Linder e Cécile Guyon. Max (Linder) se apaixona à primeira vista por uma inglesa (Guyon) que viaja com ele no trem. Eles se comunicam entre si através de desenhos em um caderno. Já em Paris, Max vai encontrá-la em seu trabalho. Quando finalmente ela se encontra disponível a beijá-lo chega um cliente na loja e Max se refugia em um chuveiro. O chuveiro, no entanto, é justamente um dos objetos que o comprador parece se encontrar mais interessado. Esse filme é um dos que deixa marcada a influência de Linder sobre a obra de Chaplin . Isso fica demonstrado através de tiradas como a do chuveiro, onde um equipamento acabará por flagrar o herói em apuros – aqui completamente encharcado após ter sido ligado o chuveiro para teste, ainda que sua aproximação da questão da relação entre gêneros seja bem mais picante e ousada que a de Chaplin , sendo a mulher também parte ativa no jogo.  E  o homem, por mais que se de

O Dicionário Biográfico de Cinema#90: Max Linder

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  Max Linder (Gabriel-Maximilien Leuvielle) (1883-1925), n. Caverne, França A despeito de uma reedição, em 1958, de uma antologia de Max Linder, somente uma fração da obra desse comediante pioneiro é hoje conhecida. As poucas evidências que temos são confundidas pelas afirmações que  Chaplin foi influenciado por Linder. Ainda que Linder tenho ido à América e obtido razoável sucesso lá, foi a epítome de um comediante francês. Um bordelense, mudou-se para Paris aos vinte e um anos e, após um ano no teatro, passou a atuar em filmes. De 1905 a 1907 fez algo como quatrocentos filmes para a Pathé, enquanto estrelava no music-hall parisiense. Mas, após 1907, ele assumiu de André Deed o posto de principal comediante da Pathé, com a cota estável de um filme por semana. E m 1911 estava escrevendo e dirigindo seus próprios filmes, e o personagem de "Max" emergiu: notavelmente contido e adulto; um dândi tímido e belo; propenso a acidentes, mas caprichoso. Poderia ter saído de um seriado

Filme do Dia: La Légende de Polichinelle (1907), Lucien Noguet & Albert Capellani

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L a Légende de Polichinelle (França, 1907). Direção: Lucien Noguet & Albert Capellani. Rot. Original: Albert Capellani. Com: Max Linder . É virtualmente impossível acompanhar o enredo desse filme sem referência a alguma fonte extra-fílmica como catálogo da companhia ou a própria disseminação do mito do Polichinelo (Arlequim, na versão em inglês, como é o caso em questão). Entre as coisas que mais chamam a atenção nesse filme se encontram uma virtuosa e longeva panorâmica que acompanha um dos planos iniciais nas quais Arlequim passeia com seu séquito no castelo. Algo muito pouco comum no universo da ficção, antes aplicado ao universo dos “panoramas”.   Assim como ser estrelada por Max Linder , embora se encontre muito mais próxima do universo fantástico de um Méliès ou Zecca, algo que fica acentuado sobretudo na última e longa cena, com trucagens e alegorias móveis típicas do primeiro. Aliás o fato da última cartela anunciar que se trata da “última cena” já trai uma menção a pr

Filme do Dia: Vive la Vie de Garçon (1908), Max Linder

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V ive la Vie de Garçon (França, 1908). Direção: Max Linder . Esposa cansada do comportamento irritante do marido (Linder), acaba resolvendo voltar a morar com a mãe. Inicialmente satisfeito com a liberdade imediata que possui, o marido festeja sua nova vida de solteiro. Porém, em pouco tempo, demonstrará se encontrar em apuros quando procurar resolver as situações mais comezinhas tais como lavar a louça do café da manha, ir fazer as compras na feira, preparar o jantar, arrumar o quarto de dormir ou simplesmente encontrar a gravata ao acordar. Sua esposa e sogra chegam no momento em que ele se encontra no auge da bagunça. Filmado em planos fixos e abertos, com raras inserções de planos mais fechados para destacar alguma situação específica, esse filme de Linder demonstra o quão anacrônico era o cinema francês em comparação com a produção americana do período, como os filmes curtos que Griffith realizava para a Biograph.   Pathé. 10 minutos.

Filme do Dia: La malle au mariage (1912), Max Linder

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L a Malle au Marriage (França, 1912). Direção e Rot. Original: Max Linder . Com: Max Linder, Charles Mosnier, Suzy Depsy. Max (Linder), apaixonado pela jovem Miquette (Depsy), tem de enfrentar a resistência de seu rigoroso tutor (Mosnier).   Certo dia que a visita na surdina, é surpreendido com a chegada do tutor e se traveste de mulher, despertando a atração do tutor. Tomando partido da situação, leva o tutor para seu apartamento e consegue prendê-lo dentro de um baú, simulando a chegada de um marido irado. Chama então Miquette e ameaça somente libertar o tutor, se ele concordar com a união do casal. Com uma montagem mais acelerada do que o usual (os planos duram cerca da metade de outro filme de Linder do mesmo ano, Une Idylle à La Ferme ), mesmo que ainda distante mesmo dos filmes de Griffith mais lentos do período, aproxima-se de algumas produções norte-americanas da época tais como as de George Nichols e Da Manjedoura à Cruz , de Olcott. O momento efetivamente cômico é

Filme do Dia: O Primeiro Cigarro de um Colegial (1906), Louis J. Gasnier

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O  Primeiro Cigarro de um Colegial ( Le  Premier Cig are d’une Collégien , França, 1906). Direção: Louis J. Gasnier. Com: Max Linder . Max experimenta pela primeira vez o que seriam os prazeres do fumo e da bebida e chega completamente alterado no prédio onde mora, entrando no apartamento vizinho e de lá sendo expulso pelo seu inicialmente assustado proprietário. É então socorrido pela mãe. As inserções de planos mais próximos para descrever um evento em andamento ocorrem aqui de forma menos abrupta e mais encadeada do que nos primeiros anos do século e certamente mais abrupta do que no cinema de continuidade que se institui após. Vale lembrar que no mesmo ano, Porter havia realizado outro retrato de um bêbado, esse veterano, em Dream of a Rarebit Fiend , que não possui uma narrativa tão clara quanto aqui, mas certamente é bem mais inventivo, ao reproduzir os efeitos da própria mente do bêbado ou de sua percepção visual em trucagens visuais. Curiosamente, Linder aqui pe

Filme do Dia: Une Idylle à la ferme (1912), Max Linder

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Une Idylle à La Ferme (França, 1912). Direção e Rot. Original: Max Linder . Com: Max Linder e Suzy Depsy. A comicidade do filme gira em torno da contraposição entre o dandismo do personagem de Linder e os modos rústicos que requerem uma vida voltada para uma fazenda – já que o dândi pretende se engajar com a filha de um fazendeiro. O estilo de Linder é bem mais discreto do que os burlescos norte-americanos e talvez uma maior ênfase no caráter desastrado de seu personagem (com resultados positivos, diga-se de passagem, ao menos para o olhar contemporâneo) já seja uma rendição a influência do burlesco anglo-saxão na França, em filmes posteriores como Coiffeur par Amour (1915). Os planos dos filmes de Linder são incomparavelmente mais longos do que os norte-americanos realizavam contemporaneamente, demonstrando o estilo diferenciado de filmagem europeu, onde a encenação ganha ascendência sobre a montagem. Em termos visuais, o resultado é bem menos sofisticado do que as produções d