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Meu Caro Diário, 16/10/2006

 Segunda. Muita coisa aconteceu nos últimos dias, mas já não consigo recordar. Tudo passa em velocidade vertiginosa. Lindomar saiu do cortiço, Carmen está ameaçando de sair, mas hoje à noite já veio com um discurso diferente, que vai ter que pensar e que só decidirá depois de viagem ao Rio. Hoje almocei com Orlando e Danielle na ECA. Ismail passou, mas resolvi fingir que não o vi. Não consegui, enfim, fazer a edição de Aves sem Ninho para a apresentação do SOCINE depois de amanhã. Fiz um teste ontem com Orlando e deu cerca de 17 minutos, o que é um tempo bom. Só que tenho que fazer a edição dos momentos que eu quero do filme. A porra da internet está sem prestar e quando dá sinal de vida, acaba logo desaparecendo. (...) Ney e Lia estiveram por aqui esse final de semana. Acabei almoçando com eles no Fazendinha. Tenho que escrever artigo para Alexandre Veras até o final do mês. Ontem foi aniversario de papai e falei com ele por um bom tempo. Perguntei como havia sido de cirurgia de cat

Meu Caro Diário, 16/05/2006

Terça. Manhã de terça para ser mais exato. Estava a pouco me divertindo com o texto da tese. Ontem foi inesquecível e divertido o fato de todo mundo ter sido enxotado da biblioteca da FFLCH pelo clima geral de paranóia com relação à violência aqui em São Paulo, que acabou provocando uma retirada em massa da USP de pedestres e veículos. No meio desse clima “coletivo” acabei encontrando Maíra e Lindomar e viemos juntos aqui para o cortiço, fazendo uma verdadeira peregrinação por todos os comércios que se encontravam abertos para comprarmos pequenas miudezas alimentícias. Ao chegarmos, Carmen se juntou a nos na TV para assistirmos o que saía na televisão sobre a crise que já provocou mais de 80 mortes, sobretudo entre os policiais. No último sábado também teve um momento bem divertido quando fizemos uma micro-festa com Juliana, Lindomar, Carmen, Roberto, eu e Zé Carlos. Dançamos forró e eu consegui relaxar um pouco após uma boa quantidade de vinho. A certo momento fizemos um círculo eu,

Filme do Dia: O Dia Que Durou 21 Anos (2012), Camilo Tavares

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O Dia Que Durou 21 Anos (Brasil, 2012). Direção e Rot. Original: Camilo Tavares. Fotografia: Andre Macedo. Música: Dino Vicente. Montagem: César Tuma. O golpe militar de 1964 e os episódios que lhe antecederam e sucederam, sobretudo sob o prisma da influência de agentes vinculados ao governo norte-americano, tema a muito tempo ventilado, mas nunca exatamente explorado com maior detalhe, ao menos pelo cinema, é o foco desse documentário. A partir de um raro – e boa parte dele até então indisponível – material iconográfico, incluindo cenas de João Goulart visitando instalações militares norte-americanas e gravações em áudio no qual assessores de Lyndon Johnson o aconselham a ser parcimonioso na sua declaração de reconhecimento das ações militares que levaram ao golpe e a imediata consagração do presidente da Câmara como presidente da república até que cerca de duas semanas após Castelo Branco fosse empossado presidente, o filme tenta estabelecer uma teia de conexões, quase s

The Film Handbook#23: Jacques Tati

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Jacques Tati Nascimento : 09/10/1908, Le Pecq, França Morte : 4/11/1982, Paris, França Carreira  (como diretor): 1946-73 Ainda que fosse um grande mímico e um imaginativo inovador formal, Jacques Tatischeff era inclinado a sátira social simplista que, em última instância, reduzia a sua forma cômica enquanto filme. No entanto, é fascinante se observar que nas suas tentativas de revelar a forma que a moderna tecnologia despersonaliza a existência humana, tenha criado um estilo tão frio, puro e distante, em termos técnicos, quando a sociedade que criticava. Um bem sucedido mímico de music hall , especializado em impressões sobre homens de esporte nos anos 30, Tati interpretou diversos papéis menores  nos filmes de René Clement e Claude Autent-Lara. Em 1946 realizaria sua própria estreia na direção com o curta L'Ecole des Facteurs , que posteriormente expandiria para o longa Carrossel da Esperança / Jour de Fetê > 1 . Ambientado em um vila no campo visitada por uma feir

Filme do Dia: Mining Operations, Pennsylvania Coal Fields (1904)

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Mining Operations, Pennsylvania Coal Fields (EUA, 1904). Essa descrição do trabalho em uma mina de carvão, um dos temas caros aos filmes produzidos pela  companhia  de Edison, evidentemente destaca a dimensão tecnológica, mas parece antes de tudo querer chamar a atenção para motivos “sensacionais”, como o flagrante de uma verdadeira “erupção” provocada por uma explosão ou o surgimento de um trem. Até mesmo a presença de um recurso habitual contemporâneo – uma tela relativamente desprovida de motivos que somente muito tempo depois é “preenchida” – é utilizada aqui com resultados diversos. No caso em questão, o cavalo que puxa uma carroça se deparará logo adiante com uma enorme retroescavadeira, numa composição que efetivamente pretende apresentar de modo quase anedótico a convivência de modos de trabalho arcaicos e modernos talvez em não tão perfeita harmonia – a trajetória do cavalo  é temporariamente interrompida pela máquina. Inicia com uma panorâmica semelhante a de outro film

Milton Nascimento - Cais

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Filme do Dia: Um Amor de Vizinho (1964), David Swift

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Um Amor de Vizinho ( Good Neighbour Sam , EUA, 1964). Direção: David Swift. Rot. Adaptado: James Fritzell, Everett Greenbaum & David Swift, a partir do romance de Jack Finney. Fotografia: Burnett Guffrey. Música: Frank De Vol. Montagem: Charles Nelson. Dir. de arte: Dale Hennesy. Cenografia: Ray Moyer. Figurinos: Micheline & Jacqueline Moreau. Com: Jack Lemmon , Romy Schneider, Dorothy Provine, Michael Connors, Edward G. Robinson, Edward Andrews, Louis Nye, Robert Q. Lewis, Joyce James. Sam Bissel (Lemmon) leva uma vida tranquila com a esposa Minerva (Provine) e suas duas filhas pequenas até a chegada de uma amiga francesa de Dorothy, Janet Lagerlof (Schneider), que se torna vizinha do casal e logo recebe a notícia de que herdará 15 milhões de dólares de um tio falecido, caso comprove que se encontre casada. O casal Bissel pretende ajuda-la, fazendo Sam se passar por seu marido, mas tudo se torna ainda mais complicado com a chegada do ex-marido de Janet, Howard (Connors),

Filme do Dia: Solaris (1972), Andrei Tarkovski

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Solaris ( Solaris , URSS, 1972). Direção: Andrei Tarkovski. Rot. Adaptado: Fridrikh Gorenshtein & Andrei Tarkovski, baseado no romance de Stanislaw Lem. Fotografia: Vadim Yusov. Música: Eduard Artemiev. Montagem: Lyudmila Feiginova & Nina Marcus. Dir. de arte: Mikahil Romadin. Figurinos: Yelena Fomina. Com: Donatas Banionis, Natalya Bondarchuk, Yuri Yarvet, Vladislav Dvorzhetski, Nikolai Grinko, Anatoli Solonitsyn, Olga Barnet, Sos Sarkisyan.       Cris Kelvin (Banionis) é o psicólogo enviado para a estação orbital de Solaris, onde estranhos fatos são relatados pelos astronautas que lá se encontram, inclusive a morte de um dos cientistas, Gibaryan (Sarkisyan). Inicialmente cético quanto ao que lhe é relatado, após chegar a estação orbital, Cris torna-se vítima do que eles chamam de “visitas”, representações materiais de sua própria consciência, filtradas pelo oceano intergalático. Passa então a relacionar-se com Hari (Bondarchuk), sua ex-mulher falecida quando a abandona

Filme do Dia: Os Crimes do Museu (1933), Michael Curtiz

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Os Crimes do Museu ( The Mystery of Wax Museum , EUA, 1933). Direção: Michael Curtiz. Rot. Adaptado: Carl Erickson & Don Mullaly, basedo na peça de Charles Belden. Fotografia: Ray Rennahan. Música: Cliff Hess. Montagem: George Amy. Dir. de arte: Anton Grot. Figurinos: Orry-Kelly. Com: Lionel Atwill, Fay Wray, Glenda Farell, Frank McHugh, Allen Vincent, Gavin Gordon, Edwin Maxwell, Holmes Herbert. Londres, 1923. O escultor Ivan Igor acaba vendo seu museu destruído pelo fogo em meio a uma luta com seu sócio. Dez anos depois, em Nova York, Igor constrói um novo museu. Cadáveres começam a sumir do necrotério e Igor passa a sentir uma estranha atração pela noiva de seu sócio Allen Vincent (Burton), Charlotte Duncan (Wray), o que desperta suspeitas da astuciosa repórter Florence (Farell), sua companheira de quarto. Certamente um dos maiores chamarizes do filme é o de ser um dos primeiros a apresentar o novo processo de fotografia em cores que demonstra evidente progresso em relaçã

Filme do Dia: Memórias do Subdesenvolvimento (1968), Tomás Gutiérrez Aléa

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Memórias do Subdesenvolvimento ( Memorias del Subdesarollo , Cuba, 1968). Direção: Tomás Gutiérrez Aléa. Rot. Adaptado: Tomás Gutiérrez Aléa, baseado no romance Edmundo Desnoes. Fotografia: Ramón F. Suárez. Montagem: Nelson Rodríguez. Dir. de arte: Julio Matilla. Figurinos: Elba Pérez. Com: Sergio Corrieri, Daisy Granados, Eslinda Nuñez, Omar Valdés, Renée de la Cruz, Yolanda Farr, Ofelia González, Jose Gil Abad. Havana, 1962. Sergio Carmona (Corrieri) decide permanecer em Cuba, enquanto todos os seus familiares e sua esposa partem para os Estados Unidos. Aos 38 anos, escritor frustrado, vive dos aluguéis da família. Envolve-se com a jovem de classe média baixa de 16 anos, Elena (Granados) que, rejeitada por ele, acaba-o acusando de estupro. Enquanto isso, vive-se em cuba a tensão da crise dos mísseis e da invasão da Baía dos Porcos. Talvez o mais interessante desse filme seja a – ainda que involuntária – ambiguidade com que descreve toda a sua narrativa. Com um protagonista que

Luigi Tenco Più mi innamoro di te e meno tu mi ami

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Filme do Dia: L'Oeil de Vichy (1993), Claude Chabrol

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L’Oeil de Vichy (França, 1993). Direção: Claude Chabrol.  Rot. Original: Jean-Pierre Azéma & Robert O. Paxton. Montagem: Frédéric Lossignol & Stéphanie Louis. Nessa rara incursão pelo universo do documentário, poder-se-ia até imaginar que Chabrol optassse por uma postura mais autoral e intervencionista diante do material de arquivo que é o que compõe exclusivamente o filme. Tal não foi o caso, o que talvez tenha sido uma aposta interessante. O filme busca construir o universo da França de Vichy a partir dos próprios cinejornais e imagens de arquivos filmadas no período. As intervenções de um narrador são relativamente discretas e menos valorativas do que descritivas.  Umas poucas imagens de filmes de ficção, como uma seleção dos lançamentos franceses de uma temporada (incluindo Os Visitantes da Noite , de Carné) ou uma curiosa animação de propaganda interpetada por ninguém menos que Donald, Mickey, Popeye. A narrativa progride ano a ano, até a entrada triunfal de De Gaul

NINA SIMONE: FOR ALL WE KNOW

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Filme do Dia: A Conquista da Honra (2006), Clint Eastwood

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A Conquista da Honra ( Flags of Our Fathers , EUA, 2006). Direção: Clint Eastwood. Rot. Adaptado: William Broyles Jr. & Paul Haggis, a partir do livro de James Bradley & Ron Powers. Fotografia: Tom Stern. Música: Clint Eastwood. Montagem: Joel Cox. Dir. de arte: Jack G. Taylor Jr. Cenografia: Richard C. Goddard. Figurinos: Deborah Hopper. Com: Ryan Phillippe, Jesse Bradford, Adam Beach, John Benjamin Hickey, John Slattery, Barry Pepper, Jamie Bell, Paul Walker, Robert Patrick. 1943. Os americanos atacam a ilha de Iwo Jima. Seis soldados posam para um fotógrafo hasteando uma bandeira americana na ilha. A foto se torna célebre e provoca comoção nacional, sendo estampada nos principais jornais do país. Três dos soldados sobreviventes, Doc Bradley (Phillippe), Rene Gagnon (Bradford) e Ira Hayes (Beach) são recepcionados como heróis ao retornarem aos Estados Unidos. Eles se tornam parte da engrenagem de propaganda americana para vender bônus de guerra, ao mesmo tempo que se sen

The Film Handbook #22: Dennis Hopper

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Dennis Hopper Nascimento : 17/05/1936, Dodge City, Kansas, EUA Morte : 29/05/2010, Venice Beach, Califórnia, EUA Carreira  (como diretor): 1969-2008 Por volta de meados dos anos 70, parecia que a carreira de Dennis Hopper como diretor estava acabada; drogas e auto-complacência fizeram seu estrago e a única saída para seu talento único parecia ser o de ator em produções  alternativas baratas. Nos anos 80, no entanto, ele se tornou uma inventiva e influente figura tanto nos campos da interpretação como da direção. Hopper realizou sua estreia enquanto ator como adolescente indisciplinado em Juventude Transviada / Rebel Without a Cause , de Nicholas Ray , uma experiência que lançou uma longa sombra sobre sua obra futura. Durante o final dos anos 50 e os 60, ele alternou entre o mainstream hollywoodiano ( Assim Caminha a Humanidade / Giant ,  Sem Lei e Sem Alma , diversos filmes para Henry Hathaway) e produções alternativas, frequentemente desconsideradas, realizadas por Curtis Ha

Bob Dylan - Just Like Tom Thumb's Blues (Album Version-Music Video)

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Da esq. para a dir., Hanna Schygulla, Irm Hermann e Margit Carstensen, três atrizes bastante recorrentes na filmografia de Fassbinder, em foto tirada em abril de 2015 por Jens Schommer

Filme do Dia: The Fatal Mallet (1914), Mack Sennett

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The Fatal Mallet (EUA, 1914). Direção: Mack Sennett. Rot. Original: Charles Chaplin & Mack Sennett.  Fotografia: Frank D. Williams. Com: Charles Chaplin , Mabel Normand, Mack Sennett, Mack Swain, Gordon Griffith. Enquanto dois homens (Chaplin e Swain) disputam os mimos de Mabel (Normand), um terceiro (Sennett) é seu verdadeiro amor – e também mais endinheirado. Os dois rivais fazem de tudo para se aproximarem de Mabel, inclusive se unirem contra o terceiro ou atacarem um ao outro, porém terminam juntos e molhados no lago, enquanto Mabel continua firme com seu verdadeiro amor. Uma das dezenas de filmes que Chaplin realizou para Sennett, em que a caracterização física e de vestuário do vagabundo já se faz presente, porém aqui impera os ditames da comédia pastelão e seu humor basicamente físico,  centrados sobretudo na troca de tijoladas trocadas entre os três personagens masculinos – dentre as primeiras tentativas  o vagabundo acerta equivocadamente justamente Mabel, numa das

VINCENT LOPEZ and His Orchestra, "Beyond the Blue Horizon" Paramount 1932

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Filme do Dia: Figaro & Cleo (1943), Jack Kinney

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Figaro and Cleo (EUA, 1943). Direção: Jack Kinney. Figaro foi um pequeno gato criado para o longa Pinoquio e nesse curta faz sua estreia solo. A partir de seu redirecionamento para o formato curta ele provavelmente, pretendia ser uma resposta para a dupla Tom & Jerry. Aliás toda a disposição visual e as situações são mais evocativas dos curtas dirigidos pela dupla Hanna & Barbera com seus dois personagens célebres do que propriamente da Disney. Aqui, não apenas os traços e a direção de arte são evocativos, mas até mesma as pernas da habitual empregada doméstica negra são entrevistos. Walt Disney Prod. para RKO Radio Pictures. 8 minutos e 22 segundos. 
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Fassbinder,Herzog e Wim Wenders durante as filmagens de "Quarto 666" do último

Filme do Dia: Pour Resister à La Tuberculose Soyon Forts (1918), Marius O'Galop

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Pour Resister à La Tuberculose Soyon Forts (França, 1918). Direção, Rot. Original, Fotografia e Montagem: Marius O´ Galop. Para resistir à tuberculose é necessário se manter forte como predica o título dessa animação de O´Galop cujas produções venceram o tempo menos por seu proselitismo didático do que pela beleza e simplicidade dos traços e soluções criativas – a melhor delas a contraposição do avanço da morte com a tuberculose representada por um esqueleto aspergindo veneno sob forma de vapor e que investe várias vezes contra um homem de maior força física que a derrota na terceira investida enquanto representação de como reagem sistemas imunológicos mais bem preparados. Curiosamente, o homem mais fraco já tem uma compleição física que o aproxima mais do esqueleto que o ataca do que das pessoas normais tais como o segundo, que aparece treinando boxe. O perfeil do primeiro, ao contrário, é o do intelectual que vive recluso em ambientes pouco salubres. 1 minuto e 44 segundos.

Listen, The Snow Is Falling - John Lennon & Yoko Ono

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Filme do Dia: Paprika (2006), Satoshi Kon

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Paprika ( Papurika , Japão, 2006). Direção: Satoshi Kon. Rot. Adaptado: Satoshi Kon & Seishi Minakami, baseado no romance de Yasutaka Tsutsui. Fotografia: Michiya Katou. Música: Susumu Hirasawa. Montagem: Takeshi Seyama. Dir. de arte: Nobutaka Ike. Um  trio de cientistas, Chiba, Tokita e Shima, consegue desenvolver um aparelho que recorda e exibe os sonhos. O aparelho é roubado por um desconhecido e a pessoa utiliza o invento para se chegar ao limite em que os sonhos podem invadir a realidade. O trio,  com ajuda da figura imaginária de Paprika, decide tentar reaver o controle sobre a máquina, assim como a própria realidade, transformada em caos. A impressionante criatividade de Satoshi, precocemente falecido, em seu último filme completado, curiosamente se faz valer a partir de traços de uma animação extremamente realista, característica comum ao anime japonês. Porém os traços realistas não conseguem conter a explosão de originalidade que parece mimetizar os próprios mecanis

Filme do Dia: Cinema de Lágrimas (1995), Nelson Pereira dos Santos

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Cinema de Lágrimas (Brasil, 1995). Direção: Nélson Pereira dos Santos . Rot. Adaptado: Silvia Oroz & Nélson Pereira dos Santos, baseado no livro Melodrama: O Cinema de Lágrimas da América Latina , de Oroz. Fotografia: Walter Carvalho. Música: Paulo Jobim. Montagem: Luelane Corrêa. Cenografia e Figurinos: Silvana Gontijo. Com: Raul Cortez, André Barros, Christiane Torloni, Patrick Tannus, Cosme Alves Neto, Silvia Oroz.       A morte misteriosa da mãe (Torloni), quando tinha quatro anos, faz com que o hoje famoso diretor de teatro Rodrigo Ferreira (Cortez), contrate o jovem estudante Yves (Barros), para acompanha-lo em suas pesquisas na cinemateca mexicana. Sempre esquivo, o jovem revela os trágicos motivos que o afastaram de Rodrigo (envolvimento com drogas, AIDS) e, após seu retorno ao Brasil, manda-lhe uma carta, onde afirma que encontrara o filme que Rodrigo há tanto buscava. Esse o assiste e se emociona, achando ter encontrado Yves num festival que homenageia o Cinema Novo.

Bach, Kyrie Eleison, Missa H-moll BWV 232

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Filme do Dia: Every Child (1979), Eugene Fedorenko

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Every Child (Canadá, 1979). Direção: Eugene Fedorenko. Rot. Adaptado: Derek Lamb, a partir do conto Les Mimes Electriques , de Bernard Carez & Raymond Pollender. Tocante animação canadense que através de recursos simples, tanto em termos de animação como de desenvolvimento dramático, apresenta a história de um bebê que é renegado por todos os moradores de uma vila de casas até ter seu carrinho acidentalmente parado na moradia improvisada de dois homens, aparentemente artistas mambembes, que se interessam pela criança. Destaque para a família com a qual o desenho segue a maior parte do tempo, cujo cachorro, crescentemente irritado com a falta de atenção que lhe é dispensada, apela dramaticamente para que o casal de idosos se desfaça da criança. De quebra, possui uma moldura, presente ao início e final, que sugere elementos da própria produção, assinalados pelos efeitos sonoros, propositalmente acentuados como efetuados pela própria boca dos animadores, a trilha do filme e o

UK Mentality

something that pissed me off radio one of players wife had died 1 announcer was just commentating the other announcer was going on and on that the mood is depressed like he was in  mourning everyone should be in mourning for something completely un-related there's a death - they all latch onto it - they all revel in it it's like a death cult there are massive funerals here especially kids they have HUGE expensive funerals . funerals with exceptional weirdness - would show you photos they're all competing with each other - cult of death and funeral tourism -- thousands will turn up to funerals of people they don't even know and there is a weird atmosphere - you can tell as if, if anyone questions the group mentality - they don't  look glum - fit in with the minset - as the radio presenter wanted then they turn vicious - they would attack stemming on from the huge mass mourning over diana or in "

Filme do Dia: Amistad (1997), Steven Spielberg

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A mistad ( Amistad , EUA, 1997) Direção: Steven Spielberg . Rot.Adaptado:  David H. Franzoni & Steve  Zaillian, baseado no livro Black Mutiny, de William Owens. Fotografia: Janusz Kaminski. Música: John Williams. Montagem: Michael Kahn. Com: Morgan Freeman, Nigel Hawthorne, Anthony Hopkins, Djimon Hounsou, Matthew McConaughey, Pete Postlethwaite, Stellan Skarsgård, Anna Paquin.        Em plena expedição de tráfico negreiro da África para os EUA, Cinqué (Hounsou), lidera uma rebelião, após assistirem paralisados de terror o massacre de um grupo de negros jogados ao mar, por excesso de carga. O abolicionista negro Theodore Joadsen (Freeman) e o idealista advogado Baldwin (McConaughey) participam da defesa do julgamento, enquanto Holabird (Postlewaite) é o promotor. Instado a fazer sua própria defesa, Cinqué passa a ser considerado líder dos negros, após a estratégica visita de Joadsen e Baldwin a região portuária, onde encontram um marinheiro, que passa a servir de intérpret

The Film Handbook#21: François Truffaut

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Jean-Pierre Léaud e Kika Markham no lírico e infelizmente negligenciado Duas Inglesas e o Amor / Les Deux Anglaisies et le Continent François Truffaut Nascimento: 06/02/1932, Paris, França Morte : 21/10/1984, Paris, França Carreira (como diretor): 1955-83 O mais bem sucedido comercialmente dos realizadores da Nouvelle Vague , François Truffaut trabalhou em uma variedade de gêneros e humores, frequentemente dentro de um mesmo filme. E ainda ao longo de sua carreira, seus interesses temáticos (a importância e dor do amor, a relação da vida com a arte, a natureza misteriosa das mulheres) permaneceu constante. Truffaut emergiu de uma infância semi-delinquente com a fanática paixão pelo cinema desenvolvida durante a frequente falta as aulas; após desertar do exército, foi tomado sob a asa do celebrado crítico de cinema André Bazin , que lhe deu um trabalho como crítico do Cahiers du Cinéma , onde além de conhecer   Godard , Rohmer , Chabrol e Rivette, Truffaut formularia sua p
There is always a moment in Balzac's descriptions of the world where the eye's photographic registration of objects yields to the mind's effort to pierce surface, to interrogate appearences. In Le Père Goriot , after a few initial lines of description of Mlle Michonneau, the narrator shifts into the interrogatory: "What acid had stripped this creature of her female forms? She must once have been pretty and well-built: was it vice? sorrow? greed? Had she loved too much, been a go-between or simply a courtesan? Was she expiating the triumphs of an insolent youth?" (2:855) Reality is for Balzac both the scene of drama and mask of the true drama that lies behind, is mysterious, and can only be alluded to, questioned, then gradually elucidated. Peter Brooks, The Melodramatic Imagination , p.2.

Filme do Dia: La Ciudad en la Playa (1961), Ferruccio Musitelli

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La Ciudad en la Playa (Uruguai, 1961). Direção: Ferruccio Musitelli. Curta em 16 mm que explora, em formato de crônica, tendo como suporte sobretudo a música e a edição, o cotidiano de veranistas em uma faixa de praia. Sem diálogo ou voz over, o filme parece, em determinados momentos, seguir uma certa seleção por motivos. Por exemplo, crianças brincando, noutro mulheres se despindo, noutros cenas de carinho entre casais, etc. Há uma dimensão distanciada, como da observação que se põe algo à parte, ainda que próximo ao seu final, uma inserção mais explícita da presença de seu realizador filmando se torne presente a partir das tomadas aéreas de um helicóptero que atraem a atenção da maior parte dos presentes no local, por mais que destoe do estilo presente ao longo do filme, centrado sobretudo entre planos curtos e fixos e outros com grande mobilidade de câmera. Uma forte presença de embarcações também de lazer surge a determinado momento. Seu tom despretensioso e aparentemente tamp