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Filme do Dia: Contos da Lua Vaga Após a Chuva (1953), Kenji Mizoguchi

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C ontos da Lua Vaga após a Chuva ( Ugetsu monogatari , Japão, 1953). Direção: Kenji Mizoguchi. Rot. Adaptado:   Matsutarô Kawaguchi & Yoshikata Yoda, baseado nos contos de Akinari Ueda,   Asaji Ga Yado e Jasei No In. Fotografia: Kazuo Miyagawa. Música: Fumio Hayasaka, Tamekichi Mochizuki & Ichirô Saitô. Montagem: Mitsuzô Miyata. Com: Masayuki Mori, Machiko Kyô,   Kinuyo Tanaka, Sakae Ozawa, Ikio Sawamura,   Mitsuko Mito,   Kikue Mori, Ryosuke Kagawa. Dois casais dividem a labuta da árdua vida no campo na época dos samurais. Um dos casais, além de trabalhar na agricultura, também produz cerâmicas. Estressado de tanto trabalho, Genjurô (Mori) passa a ser cada vez mais bruto com a esposa, Miyage (Tanaka) e o filho. Miyage, no entanto, se orgulha de seu equilíbrio, o que não ocorre com o marido de sua amiga Ohama (Mito), Tôbei (Ozawa) que, cansado do árduo trabalho,   sonha em abandonar a aldeia e se transformar em samurai. Com a invasão da vila por seguidores d

Cartas Elizabeth Bishop#4

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Ontem  nos divertimos ouvindo [pelo rádio] a volta da seleção brasileira de futebol da Suécia - eles finalmente ganharam o campeonato mundial e todo o Brasil está em êxtase - até os bancos fecharam. É muito mais importante para eles do que seria um Sputnik. Parece que o time foi apresentado ao rei da Suécia, e um deles perdeu a cabeça e tentou abraçar o rei, à maneira brasileira. Eles são mesmo umas gracinhas - uns homens baixinhos, de todos os tons do negro ao branco, e se abraçam e se beijam e choram de entusiasmo quando fazem um gol, etc. - e correm muitíssimo depressa. A Lota estava  voltando do Rio e levou horas num engarrafamento - foi uma multidão ao aeroporto, e os pobres jogadores não podiam nem mesmo sair do avião - ficaram trancados lá dentro. Doze jatos os acompanharam. Todo mundo acha que isso significa que virão "dias melhores para o Brasil". Deus sabe por que, ou de que modo - e este é um bom exemplo do jeito de ser deste povo tolo porém simpático. Nossa coz

Filme do Dia: Lorca (1996), Marcos Zurinaga

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L orca ( Lorca , Espanha/França/EUA/Porto Rico, 1996) Direção: Marcos  Zurinaga . Rot.Adaptado: Neil Cohen & Ian Gibson, baseado nos livros Juan Antonio Ramos. Fotografia: Juan Ruiz-Anchia. Música: Mark McKenzie. Montagem: Carole Kravetz . Com: Esai Morales, Andy Garcia, Edward James Olmos, Jeroen Krabbé, Miguel Ferrer, Giancarlo Giannini, Marcela Walerstein, José Coronado, Naim Thomas.               1954. Ricardo (Morales) retorna de Porto Rico a Granada, Espanha, para tentar desvendar o mistério do assassinato do maior dramaturgo e poeta espanhol do século, Federico Garcia Lorca (Garcia), em 1939. Leva consigo todo o trauma das recordações que vão do encontro fortuito com Lorca quando garoto (Thomas), após apresentação conturbada de uma peça sua, quando Lorca o convida para jantar com seus amigos, sendo levado pelo pai, Roberto Lozano (Olmos), até o assassinato do melhor amigo de infância, também aficcionado por Lorca  (quando, em meio ao tiroteio, ficam sabendo da volta d

Filme do Dia: Le Tonneau Ivre (1906), Alice Guy

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Le Tonneau Ivre (França, 1906). Direção: Alice Guy. Um vagabundo faz com que outro role dentro de um barril provocando as situações mais inusitadas como a de atropelar uma bicicleta, ser jogado do alto de uma ferrovia ou passar por cima de um homem que se encontrava deitado em um parque. O barril acaba caindo no rio. O amigo e outro homem vão ver o estado no qual se encontra o vagabundo, mas esse saí imediatamente e continua girando no mesmo ritmo de quando ainda se encontrava no barril. Exemplar típico de humor despretensioso do primeiro cinema, bastante diverso tanto das atrações típicas do vaudeville encenadas diretamente para a câmera que a realizadora havia dirigido antes ou dos dramas mais próximos de serem inseridos nos moldes da narrativa clássica tais como Falling Leaves que dirigiria após. 2 minutos.

Filme do Dia: O Jogador (1992), Robert Altman

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O Jogador ( The Player , EUA, 1992). Direção: Robert Altman. Rot. Adaptado: Michael Tolkin, baseado no seu próprio romance. Fotografia: Jean Lépine. Música: Thomas Newman. Montagem: Maysie Hoy & Geraldine Peroni. Dir. de arte: Stephen Altman & Jerry Fleming. Cenografia: Susan Emshwiller. Figurinos: Alexander Julian. Com: Tim Robbins, Greta Schacci, Peter Gallagher, Vincent D’Onofrio, Sydney Pollack, Whoopi Goldberg, Dean Stockwell, Fred Ward, Richard E. Grant, Cynthia Stevenson, Brion James, Lyle Lovett, Dina Merill, Angela Hall, Leah Ayres.         Griffin Mill (Robbins) é um produtor-executivo de Hollywood, com o direito a escolher entre as centenas de propostas que recebe anualmente, algumas das doze que serão produzidas pelo estúdio. Seu poder, no entanto, encontra-se ameaçado com a  ascensão de um novo executivo Larry Levy (Gallagher) e sua possível demissão. Para complicar as coisas, torna-se  vítima de postais ameaçadores de um dos roteiristas que teve seu trab

Filme do Dia: Onde Jaz o Teu Sorriso? (2001), Pedro Costa & Thierry Lounas

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O nde Jaz o Teu Sorriso? ( Oú Gît Votre Sourire Enfoui? , França/Portugal, 2001). Direção: Pedro Costa. Esse admirável documentário, parte integrante da série Cinema de Nossos Tempos , ao invés de ficar preso somente a depoimentos dos realizadores, através de material de arquivo ou filmado diretamente pelos realizadores, apresenta o casal Danièle Huillet e Jean-Marie Straub em seu processo de montagem de seu longa Gente da Sicília . Como em filmes recentes que havia realizado, talvez de modo mais radicalmente em seu No Quarto da Vanda (2000), Costa consegue um admirável resultado com sua estratégia de um distanciamento diante do que é filmado que traz paradoxalmente uma profunda proximidade, muitas vezes para além do concebível, fazendo tornar uma proposta também dedicada a exploração de processos e toda a inquietação deles resultante em algo igualmente documental, como é o caso do cinema direto norte-americano dos anos 1960, longe de conseguir tal efeito. Aqui sobrepõe-se b
Mas de noite, quando chegava a noite, de novo escurecia. Clarice Lispector

The Film Handbook#117: Michael Powell

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Michael Powell Nascimento: 30/09/1905, Kent, Inglaterra Morte: 19/02/1990, Gloucestershire, Inglaterra Carreira (como diretor): 1931-1978 J unto ao roteirista nascido na Hungria Emeric Pressburger, Michael Powell formou uma das parcerias mais ambiciosas e criativas na história do cinema. Ainda que muito de sua obra apenas incidentalmente diga respeito ao que significa ser britânico, isso é acidental para sua extravagância, misticismo, paixão e desdém pelo realismo, inexistente nos filmes dos compatriotas contemporâneos de Powell. A primeira experiência  cinematográfica de Powell foi como ator e assistente de direção para Rex Ingram em O Mágico / The Magician e O Jardim de Allah / The Garden of Allah , ambos realizados no sul da França. Retornando à Londres, ele trabalhou em várias atribuições em Elstree, antes de dirigir seu primeiro filme, Two Crowded Hours , em 1931; foi o primeiro de muitos filmes baratos* produzidos - frequentemente  thrillers cômicos, nos quais ele poderi

Filme do Dia: A Mosca (1980), Ferenc Rófusz

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A Mosca ( A Légy , Hungria, 1980). Direção e Rot. Original: Ferenc Rófusz. O que essa animação tem de virtuosidade técnica e dos traços, na descrição não exatamente do último dia, mas antes dos últimos momentos de uma mosca, a partir da perspectiva dela, não possui justamente em termos de expressão narrativa ou estética. Trata-se da virtuosidade pela virtuosidade, que é que resulta da rapidez fascinante com que se é levado do campo até o interior de uma mansão e se atravessa por todos os aposentos até o inusitado destino final da protagonista. Fundamental para seu efeito é o seu ruído que é praticamente o único som que se escuta ao longo do filme, com exceção do tiquetaquear de um relógio e dos ruídos da tentativa de matá-la. Oscar na categoria. MAFILM Panonia Filmstúdio. 3 minutos.

Filme do Dia: Jacquot de Nantes (1991), Agnès Varda

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J acquot de Nantes (França, 1991). Direção: Agnès Varda. Rot. Original: Agnés Varda, a partir das memórias de Jacques Demy. Fotografia: Patrick Blossier, Agnés Godard & Georges Strouvé. Música: Joanna Bruzdowicz. Montagem: Marie-Josée Audiard. Cenografia: Robert Nardone & Olivier Radot. Figurinos:   Françoise Disle. Com: Philippe Maron, Edouard Joubeaud, Laurent Monnier, Brigitte De Villepoix, Daniel Dublex, Clément Delaroche, Rody Averty, Hélène Pors. A vida de Jacques Demy dos seus primeiros anos até a partida para Paris, quando vai estudar em uma escola de cinema, são marcados pela infância feliz (Maron), pela experiência traumática da guerra (Joubeaud) e pelos obstáculos para superar a escola industrial que o pai (Dublet) vislumbra como futuro. O apoio incondicional vem da mãe, Marilou (Villepoix). Varda, em seu tributo ao marido então recentemente falecido, traça uma cinebiografia bastante original, autoral e intimista, mesclando documentário e ficção. Alterna

Filme do Dia: Der Traum des Bildhauers (1907), Johann Schwarzer

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D er Traum des Bildhauers (Áustria, 1907). Direção: Johann Schwarzer. Schwarzer, pioneiro do cinema erótico, tenta aqui brincar com a relação algo onírica que faz menção o título do artista e sua obra, desde o início representado por um trio feminino que se encontra nu e, a determinado momento, quando o artista dorme, sai de seu pedestal e se aproxima dele, uma delas lhe beijando. No estúdio do artista, construção cenográfica bastante marcada como então comum, não poderia faltar a estrela de oito pontos que é o logotipo do estúdio. Saturn Film. 4 minutos.

Filme do Dia: A Comilança (1973), Marco Ferreri

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A Comilança ( La Grand Bouffe , Itália/França, 1973). Direção: Marco Ferreri. Rot. Original: Marco Ferreri, Rafael Azcona & Francis Blanche. Fotografia: Mario Vulpiani. Música: Philippe Sarde. Montagem: Claudine Merlin & Gina Pignier. Dir. de arte: Michel de Broin. Cenografia: Claude Suné. Figurinos: Gitt Magrini. Com: Marcello Mastroianni , Ugo Tognazzi, Michel Piccoli, Philippe Noiret, Andréa Ferréol, Solange Blondeau, Florence Giorgetti, Michèle Alexandre. Grupo de amigos formado por Ugo (Tognazzi), Marcello (Mastroianni), Michel (Piccoli) e Philippe (Noiret) se unem em uma casa para um final de semana gastronômico que resulta na inexplicável auto-destruição dos quatro pelos excessos de comida, o mesmo não acontecendo com as prostitutas que o acompanham, que partem antes das mortes e de Andrea (Ferreol), que sobrevive a todos, com seu insaciável desejo por sexo e comida. Mais famoso filme de Ferreri, que deixa em aberto possibilidades de interpretação tanto freu

Cartas Elizabeth Bishop#3

O carnaval foi semana passada, e eu estava decidida a assistir às escolas de samba - os grupos maravilhosos de dançarinos negros que desfilam e dançam a noite toda. Conseguimos credenciais na imprensa para ficarmos na tribuna de honra e descemos já bem tarde, armadas de garrafas térmicas com  café gelado e sanduíches de Roquefort. (O samba dura a noite inteira normalmente, e sempre faz muito calor). Era para ter começado às sete, mas na verdade começou às dez, e em vez de ir até as três ou quatro a coisa só foi terminar às onze e meia do dia seguinte. Desistimos bem antes disso, é claro, antes de desfilarem as escolas "boas" deste ano. As pessoas estavam indignadas. As melhores são mesmo magníficas  - centenas de negros cobertos de sedas e cetins - perucas brancas e trajes à Luís XV são muito comuns, ou então do período colonial brasileiro - com baterias maravilhosas. Agora também é comum usar luzes elétricas nas fantasias, e botões luminosos na frente. Mas não conseguimos es

Filme do Dia: Primate (1974), Frederick Wiseman

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P rimate (EUA, 1974). Direção: Frederick Wiseman. Wiseman utiliza o seu habitual método peculiar de apenas através da apresentação das próprias imagens – no caso em questão de cientistas efetivando experiências absurdas e cruéis com os primatas que dão título ao filme – e da ausência de qualquer apelo maior direcionado ao público como trilha sonora ou montagem esfuziante, conseguir efetuar mais um libelo contra uma das dimensões institucionais da sociedade contemporânea, a ciência. Acompanhamos em boa parte do filme macacos de diversas espécies ou sendo observados em seus hábitos cotidianos em cativeiro ou, de forma ainda bem mais invasiva, sendo retirados de suas gaiolas e levados a experiências aparentemente absurdas. O grau de absurdo ganha um crescendo à dimensão que o filme se desenrola, chegando ao seu ápice no final, quando é sacrificado um macaco vivo para que se extraia dele o cérebro, assim como  um jato da força aérea americana que faz manobras radicais no céu faze

Filme do Dia: Curing A Cold (1925), Sid Griffiths

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c uring a Cold (Reino Unido, 1925). Direção: Sid Griffiths. O desenhista observa que Jerry se encontra gripado. Ele reclama do vento da janela que o desenhista havia deixado aberta. O desenhista retruca que é saudável manter o ar ciculando e que ele devia dar uma volta. Ele segue o conselho e ao observar uma propaganda sobre o ensolarado Egito, decide entrar no universo retratado pela fotografia.   Em meio ao escaldante deserto decide sentar em uma pedra que vai descobrir que na verdade era um beduíno e seu camelo repousando. O beduíno o persegue e ele consegue fugir do anúncio, afirmando ter pegue outra gripe. Décimo terceiro curta produzido para a série Jerry the Troublesome Tyke (1925-27), visivelmente inspirada na série Out of Inkwell dos Fleischer. Como nos desenhos norte-americanos existe uma forte convivência entre ação ao vivo e animação, através da mediação da figura do próprio desenhista. Se os traços são visivelmente mais modestos que seu equivalente norte-america

Filme do Dia: Mademoiselle Dinamite (1933), Victor Fleming

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M ademoiselle Dinamite ( Bombshell , EUA, 1933). Direção: Victor Fleming. Rot. Adaptado: John Lee Mahin & Jules Furthman , baseado na peça de Caroline Francke & Mark Crane. Fotografia: Harold Rosson & Chester A. Lyons. Montagem: Margareth Booth. Dir. de arte: Merryl Pie. Figurinos: Adrian. Com: Jean Harlow , Lee Tracy, Frank Morgan, Franchot Tone, Pat O´Brien, Una Merkel, Ted Healy, Ivan Lebedeff, Louise Beavers, C. Aubrey Smith, Isabel Jewell. Lola Burns (Harlow), assediada estrela de cinema, envolve-se sempre nas tramas produzidas por seu agente publicitário Hanlon (Tracy). Após o desfecho de seu caso com o Marquês di Pisa  (Lebedeff), tenta adotar um bebê. Sua adoção não é garantida, porém,  quando as senhoras do orfanato presenciam uma confusão na qual se atracam Hanlon e o Marquês, ambos ex-amantes de Lola, além de um batalhão de repórteres, seu pai  (Morgan) bêbado e seu irmão (Healy) com uma amante vulgar (Jewell). Burns parte para o deserto e lá desperta a

The Film Handbook#116: Luchino Visconti

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Luchino Visconti Nascimento: 02/11/1906, Milão, Itália Morte: 17/03/1976, Roma, Itália Carreira (como diretor): 1942-1976 U m aristocrata marxista, o Conde Don Luchino Visconti di Morone foi amplamente aclamado tanto por seu realismo quanto pelo tom vagamente político de seus primeiros filmes, e a suntuosidade operística de seus dramas históricos posteriores. Ao longo de sua carreira, no entanto, o estilo dominou o conteúdo; muito frequentemente, o resultado foi um melodrama decorativo e vulgar, disfarçado como arte solene e socialmente significativa. Nascido de uma das famílias mais importantes da aristocracia italianas, o jovem Visconti, após o serviço militar, desenvolveu seu interesse por arte e cavalos. Tendo trabalhado no teatro como cenógrafo, ele também serviu como figurinista e assistente de direção para Renoir , antes de realizar sua estreia em 1942 com Obsessão / Ossessione > 1 . Baseado em The Postman Always Rings Twice , de James M.Cain, sua história sobre um r

Filme do Dia: Arte de Viver (1992), Ang Lee

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A rte de Viver ( Tui Shou , Taiwan, 1992). Direção: Ang Lee. Rot. Original: Ang Lee & James Schamus. Fotografia: Lin Jong. Música: Qu Xiao-Song. Montagem: Tim Sqyres. Dir. de arte: Scott Bradley & Michael Shaw. Figurinos: Elizabeth Jenyon. Com: Sihung Lung, Bo Z. Wang, Deb Snyder, Haan Lee, Lai Wang, James Lou, Audrey Haight, Yin Liang. Tentando fixar residência nos EUA há apenas um mês, o Sr. Chu (Lihung) provoca uma reviravolta na vida de seu filho Alex (Bo Z. Wang). A esposa de Alex, Martha (Snyder), não consegue se comunicar ou compreender as ações do genro e sua presença constante na casa onde vivem provoca o que ela alega ser um bloqueio na escrita de seu segundo romance. O crescente conflito entre as visões de mundo de Martha e Mestre Chu, professor de Tai-Chi-Chuan, inclusive em como tratar o filho do casal, Jeremy (Lee), fazem com que Mestre Chu abandone na surdina a residência e tente morar por conta própria, tornando-se lavador de pratos em um restaurante de

Filme do Dia: Império dos Sonhos (2006), David Lynch

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Império dos Sonhos ( Inland Empire , EUA/França/Polônia, 2006). Direção, Rot. Original, Fotografia e Montagem: David Lynch. Dir. de arte: Christina Ann Wilson, Christine Wilson & Wojciech Wolniak. Cenografia: Melanie Rein. Figurinos: Karen Baird & Heidi Bivens. Com: Laura Dern, Justin Theroux, Jeremy Irons , Harry Dean Stanton, Grace Zabriskie,   Diane Ladd, William H. Macy, Julia Ormond. Nikki Grace (Dern) recebe uma proposta de atuar em um filme ao lado de Devon Berk (Theroux) como sendo provável reaquecimento em sua carreira. Trata-se de uma refilmagem de uma produção polonesa nunca concluída que se afirma ter sido vítima de uma maldição que levou ao assassinato dos dois atores principais. A partir do momento em que recebe a visita (ou a visita da mesma já é um fruto de sua alucinação?) de uma estranha senhora (Zabriskie), Nikki passa a vivenciar uma realidade paralela. É curioso o modo como Lynch se dirige até um terço de sua longa narrativa centrado de forma pre

Filme do Dia: Mãe Só Há Uma (2016), Anna Muylaert

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Mãe Só Há Uma (Brasil, 2016). Direção e Rot. Original: Anna Muylaert. Fotografia: Barbara Alvareza. Música: Berna Ceppas. Montagem: Helio Villela.   Dir. de arte: Thales Junqueira. Figurinos: Diogo Costa. Com: Naomi Nero, Daniel Botelho, Daniela Nefussi, Matheus Nachtergaele, Laís Dias, Luciana Paes, Helena Albergaria, Luciano Bortoluzzi. Pierre (Nero), 17 anos, é um adolescente como tantos outros. Vive com sua mãe Aracy (Nefussi) e a irmã Jaqueline (Dias), em um ambiente de classe média baixa. Cultua um visual andrógino, ainda que seja tirando selfies no banheiro e faz parte de uma banda de rock de garagem.   Certo dia, seu mundo e da sua família como um todo sofrem uma reviravolta. Sua mãe é presa, acusada de tê-lo roubado na maternidade, assim como sua irmã. E seu nome original é Felipe. Sua mãe e pai biológicos, de classe social privilegiada, Glória (Nefussi) e Matheus (Nachtergaele), assim como Joca (Botelho),  seu irmão pré-adolescente tem um primeiro – e tenso – encont