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Filme do Dia: O Esquadrão Branco (1936), Augusto Genina

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O Esquadrão Branco ( Lo Squadrone Bianco , Itália, 1936). Direção: Augusto Genina. Rot. Adaptado: Augusto Genina, Joseph Peyré, Gino Rocca, Gino Valori, a partir do romance de Joseph Peyré. . Fotografia: Anchise Brizzi & Massimo Terzano. Música: Antonio Veretti. Figurinos: Vittorio Accornero. Com: Antonio Centa, Fulvia Lanzi, Francesca Dalpe, Fosco Giachetti, Guido Celana, Olinto Cristina, Cesare Polacco, Mohamed Ben Mabruk, Doris Duranti. Mario Ludovici (Centa) é um playboy que vive uma relação intempestiva com a socialite Cristiana (Lanzi). Quando ela ameaça romper com ele, Ludovicci parte para a Etiópia como oficial voluntário. Ele é recebido com carinho pelo velho Capitão Donati (Cristina) e frieza e mesmo hostilidade por seu superior imediato, Santelia (Giachetti). Apenas de última hora, por conta de sua falta de experiência, ele é feito membro de uma expedição que cruzará o deserto para combater uma tribo rival. Ao perceber a fibra de Ludovici diante da fe

Filme do Dia: Palermo ou Wolfsburg (1980), Werner Schroeter

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P alermo ou Wolfsburg ( Palermo oder Wolfsburg, Al. Ocidental/Suiça, 1980). Direção: Werner Schroeter. Rot. Original: Werner Schroeter & Giuseppe Fava. Fotografia: Thomas Mauch. Montagem: Werner Schroeter & Ursula West. Dir. de arte: Gino Orso. Figurinos: Albert Barsacq, Roberto Lagana & Magdalena Montezuma. Com: Nicola Zarbo, Otto Sander, Ida Di Benedetto, Magdalena Montezuma, Johannes Wacker, Antonio Orlando, Brigitte Tilg, Gisela Hahn. Nicola (Zarbo) é um jovem de um vilarejo siciliano que resolve de um momento para outro partir em busca de trabalho na cidade alemã de Wolfsburg, cansado de ter que lidar com   um pai alcoolatra. Ele passa a morar com outros imigrantes italianos, mas seu envolvimento com uma jovem alemã, Brigit (Tilg), que possui três filhos com homens diversos, provoca uma reação passional, quando a observa dançando com uma dupla de homens com quem já havia entrado em atrito anteriormente. Os homens provocam-no fora da festa e ele os mata com u

The Film Handbook#124: Ida Lupino

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Ida Lupino Nascimento: 04/02/1918, Herne Hill, Reino Unido Morte : 03/08/1995, Los Angeles, Califórnia Carreira (como diretor): 1950-1966 M ais conhecida como atriz versátil, tendo sido frequentemente utilizada enquanto mulher franca e independente, Ida Lupino foi a única diretora mulher digna de nota a trabalhar em Hollywood entre o apogeu de Dorothy Arzner , nos anos 30 e os 70, quando um punhado de mulheres, presumivelmente inspiradas pelo feminismo, passou a dirigir. A filha do comediante Stanley Lupino e da atriz Connie Emerald, Lupino apareceu pela primeira vez no cinema quando adolescente, enquanto estudava interpretação na RADA londrina. Em 1933 ganhou um contrato de Hollywood com a Paramount, onde se tornou conhecida na Warner. Inesquecivelmente em Seu Último Refúgio / High Sierra  de Walsh , Cinzas Que Queimam / On Dangerous Ground  de Nicholas Ray  e A Grande Chantagem / The Big Knife de Aldrich .  Em 1949, com o então marido Collier Young, formou sua própria com

Filme do Dia: Alberto Nepomuceno (1950), Humberto Mauro

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A lberto Nepomuceno (Brasil, 1950). Direção: Humberto Mauro. Fotografia: Jose de A. Mauro e Manoel Ribeiro. Apólogo do compositor Alberto Nepomuceno, nascido em meados do século XIX e falecido em 1920, o filme reúne trechos de composições do autor mesclados a algumas informações básicas sobre Nepomuceno e algumas de suas composições mais famosas. Mesmo que o auge de sua apropriação por uma dimensão política de exaltação nacionalista à época do Estado Novo já houvesse passado (sendo um de seus temas mais famosos, Batuque , apropriado em número coreográfico de Romance Proibido ) é ainda grandemente sobre esse viés e do folclore nordestino que o compositor é evocado. Assim, louva-se a camapanha de Nepomuceno para a introdução da língua “pátria”  no universo da música erudita brasileira e se afirma que o compositor “retrata cenas típicas de nossa terra”. No plano visual, é interessante o quanto o realizador ilustrou uma composição como Sesta na Rede , com uma jovem loura de olhar s

Filme do Dia: Os Inocentes Charmosos (1960), Andrzej Wajda

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O s Inocentes Charmosos ( Niewinni Czarodzieje , Polônia, 1960). Direção: Andrzej Wajda. Rot. Original: Jerzy Andrzejewski & Jerzy Skolimowski. Fotografia: Krzysztof Winiewicz. Música: Krysztof Komeda. Montagem: Wieslawa Otocka. Dir. de arte: Leszek Wajda. Com: Tadeusz Lominicki, Krystyna Stypulkowska, Wanda Koczeska, Kalina Jedrusik, Teresa Szmigielówna, Zbgniew Cybulski. Bazyli (Lominicki) é médico que atende a lutadores de boxe e músico amador nas horas vagas. Mulherengo, mas cansado da vacuidade do mundo de relações instáveis de seus amigos boêmios, sente algo diferente pela bela e jovem Pelagia (Stypulkowska) quando após um acerto com um amigo, vê-se com ela em seu apartamento. Eles falam sobre a moral e o amor, porém Bazyli a deixa cochilando para atender seus amigos que vem de uma farra. Ao retornar, não mais a encontra e a procura pelas ruas da cidade. Ao voltar ao apartamento, ela se encontra novamente lá, porém disposta a ir embora. Realizado no auge das produçõe

Filme do Dia: Julie & Julia (2009), Nora Ephron

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J ulie & Julia (EUA, 2009). Direção: Nora Ephron. Rot. Adaptado: Nora Ephron, basedo nos livros Julie & Julia , de Julie Powell e My Life in France , de Julia Child & Alex Prud’Homme. Fotografia: Stephen Goldblatt. Música: Alexandre Desplat. Montagem: Richard Marks. Dir. de arte: Mark Ricker & Ben Barraud. Cenografia: Susan Bode. Figurinos: Ann Roth. Com: Meryl Streep, Amy Adams , Stanley Tucci, Chris Messina, Linda Emond, Helen Carey, Mary Lynn Rajskub, Jane Lynch. 2002. Julia Powell (Adams) trabalha em um serviço de atendimento aos parentes das vítimas do World Trade Center, porém descobre uma atividade que realmente a motiva: postar em um blog receitas extraídas diretamente do livro pioneiro de uma norte-americana, a partir da culinária francesa, Julia Child (Streep), uma norte-americana que viveu com o marido, Paul (Tucci), na Paris do imediato pós-guerra. Child consegue, após muito esforço, ter seu  livro de receitas publicado, transformando-se num sucesso,

John Lennon - Be My Baby

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Filme do Dia: Un Chant d'Amour (1950), Jean Genet

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U n Chant d´Amour (França, 1950). Direção, Rot.Original e Fotografia: Jean Genet. com: Java, André Reybaz, Coco Le Martiniquais,Lucien Sénémaud. Esse curta-metragem foi a única incursão de Genet pelo cinema. Censurado durante muitos anos, seu forte teor homo-erótico, centrado na impossibilidade da concretização da atração entre dois prisioneiros encarecerados em celas vizinhas, não se furta a cenas de masturbação explícita. O fato de ser mudo, ainda que tenha sido adicionada uma trilha jazzística quando de seu lançamento nos cinemas em 1973, teria como função acentuar ainda mais o aspecto visual numa dimensão carnal praticamente inédita em um cinema não pornográfico (algo do qual o filme chegou a ser acusado). Entre seus melhores momentos, em termos dramáticos, o que um dos homens é espancado por um guarda que se sente enciumado pela amizade da dupla protagonista. Enquanto ele é espancado, seu vizinho sonha com um idílico passeio no campo. O fato do passeio não ser tratado de mo

Cartas Elizabeth Bishop#5

O pintor ou bombeiro mais miserável que a gente pega aqui sempre troca de roupa no trabalho e toma um banho de chuveiro no banheiro de empregada e põe a roupa de andar na rua antes de sair. Vivem na imundície, o que é inevitável, mas quanto ao asseio pessoal são limpíssimos. Já os ingleses não são. Pessoas formadas em Oxford fedem. Carta a Robert Lowell, 26 de agosto de 1963

Filme do Dia: The Beatles: Eight Days a Week - The Touring Years (2016), Ron Howard

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T he Beatles: Eight Days a Week – The Touring Years (EUA, 2016). Direção: Ron Howard. Rot. Original: Mark Monroe. Fotografia: Caleb Deschanel, Tim Suhrsted, Michael Wood & Jessica Young. Música: Rik Markmann, Dan Pinnella & Chris Wagner. Da explosão da beatlemania aos últimos anos de apresentações ao vivo, esse documentário progressivamente avança seguindo os habituais protocolos de imagens de arquivo se mesclando a depoimentos para a própria equipe. Em última instância, se o ordenamento temporal – nem sempre tão  prevalecente assim, sobretudo ao início – das imagens e apresentações da banda que são referidas pretende provocar algo como o senso de esgotamento que levaria ao grupo se tornar recluso aos estúdios, nada parece mais imperativo nesse documentário que o de capitalizar em cima de novas gerações que não conhecem a banda, tendo em vista se tratar de algo co-produzido pelos próprios interessados, sem nenhuma chance de apresentar visões divergentes da “história ofi

Filme do Dia: Brazil: A Report on Torture (1971), Saul Landau & Haskell Wexler

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B razil: A Report on Torture (Estados Unidos, 1971). Direção: Saul Landau & Haskell Wexler. Montagem: Robert Estrin. Esse documentário é um dos poucos registros de época de membros da luta armada brasileira, exilados no Chile após terem sido libertos em troca do embaixador seqüestrado norte-americano Charles Elbrick, evocando ou exibindo as diversas formas de tortura que sofreram quando presos no Brasil. O que mais surpreende no tom dos depoimentos é a relativa altivez ou pelo menos ausência da emoção explícita – em nenhum momento o filme flagra nenhum dos depoentes chorando, como se Wexler houvesse concordado com Godard sobre  a obscenidade de se flagar alguém em um momento de fragilidade emocional. E igualmente o modo relativamente aberto sobre como todos falam de tudo, diante de uma câmera, dada a presunção de reserva e desconfiança paranoica que geralmente é associada com ex-vítimas de tortura. Tampouco existe qualquer referência direta ao “imperialismo americano” o

Filme do Dia: A História de Louisiana (1948), Robert Flaherty

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  A História de Louisiana ( Louisiana  Story , EUA, 1948). Direção: Robert Flaherty. Rot. Original: Robert & Frances Flaherty. Fotografia: Richard Leacock. Música: Virgil Thompson. Montagem: Helen van Dongen. Com: Joseph Boudreaux, Lionel Le Blanc, E. Bienvenu, Frank Hardy, C.P. Guedry. Ao contrário do que poderia sugerir o título não se trata de um documentário sobre a história do estado americano comprado da França. É antes uma visão poético-pastoral de um mundo idílico, onde numa região pantaneira a única família moradora dos arredores convive com projetos pioneiros para a exploração de petróleo. O protagonista é um garoto (Boudreaux) curioso e furtivo, que passa a se interessar tanto pela obra das mãos humanas quanto pela natureza que já convive há bem mais tempo. Tendo como companheiro um guaxinim, acompanha-se suas aventuras de investigar os ovos dos jacarés, a decepção com a aparente morte de seu guaxinim, Jojo ou o seu temor diante da ameaça de explosão da plat

The Film Handbook#123: King Vidor

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King Vidor Nascimento : 08/02/1894, Galveston, Texas, EUA Morte : 01/11/1982, Paso Robles, Califórnia, EUA Carreira (como diretor): 1913-1959 A pesar de frequentemente ingênuos, e mesmo crus, os filmes de King Wallis Vidor frequentemente se destacaram por sua energia pura e pelo estilo visual arrojado. Ainda que sua obra seja bastante diversificada, indo da comédia ligeira e westerns épicos aos melodramas sociais  moralizadores e metafísicos, seu permanente interesse nas batalhas do homem consigo próprio, com a sociedade e com a natureza proporcionaram uma clara consistência temática à sua carreira. Tendo crescido com o cinema, trabalhou como bilheteiro e projecionista em um nickelodeon local, antes de se tornar cinegrafista de cinejornais. Após dirigir um punhado de curtas, ele fez o seu caminho a Hollywood, onde eventualmente montou seu próprio estúdio. Os filmes que resultaram dele não foram bem sucedidos e em 1922 ele assinaria um contrato com a MGM; e mesmo lá, somente c

Filme do Dia: Arrest in Chinatown, San Francisco, Cal. (1897), James H.White

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A rrest in Chinatown, San Francisco, Cal. (EUA, 1897). Direção: James H. White. Fotografia: W. Bleckyrden. Nesse filme em dois planos, observa-se já o descortinar do acompanhamento de eventos através da seleção de alguns tópicos potencialmente mais relevantes. No primeiro plano, observa-se um homem sendo levado por policiais em meio a uma pequena multidão que observa a cena. No seguinte, todos, incluindo o homem, já encontram-se embarcados em uma carruagem. Um homem (delegado?) acena e faz mesura com o chapéu quando o veículo se afasta. Edison Manufacturing Co.   1 minuto e 17 segundos.

Filme do Dia: Love's Labor Lost (1920), Vernon Stallings

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L ove’s Labor Lost (EUA, 1920). Direção: Vernon Stallings. Num momento contemporâneo ao surgimento do Gato Félix, animações como essa de Krazy Kat, que mesmo guardando os traços do personagem original – posteriormente mimetizados quase a cópia de Félix – já apresentam um personagem bem mais astucioso que o original. Aqui, na verdade, Krazy Kat é apenas coadjuvante, pois o protagonismo fica no romance que o rato Ignaz, seu melhor amigo, nutre por uma balofa hipopótama. Ele terá que enfrentar um rival no triângulo amoroso, um elefante. Como se trata de um elefante, Ignaz já se dá por vencido, simplesmente surgindo diante do paquiderme e o fazendo desaparecer correndo (tal como Krazy Kat, Bugologist ), ao mesmo tendo que ganhando o amor e a admiração da hipopótama. Porém, o resultado aqui é diferente, pois o elefante retorna, após fazer uso de um fortificante. O final é de um humor hilariante-surreal com o Elefante simplesmente massacrando Ignaz que, morto, acaba ressuscitando com

Filme do Dia: Na Boca do Mundo (1978), Antônio Pitanga

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N a Boca do Mundo (Brasil, 1978). Direção: Antônio Pitanga. Rot. Original: Leopoldo Serran, a partir do argumento de Cacá Diegues & Antônio Pitanga. Fotografia: Fernando Duarte. Música: Jorge Ben. Montagem: Sérgio Sanz. Dir. de arte e Figurinos: Régis Monteiro. Com: Antônio Pitanga, Norma Bengell, Sibele Rubia, Angelito Mello, Milton Gonçalves, Telma Reston, Maurício Gonçalves. Antônio (Pitanga) é um frentista que se envolve com a grã-fina Clarisse (Bengell), em crise depressiva. O envolvimento dos dois desperta os ciúmes da noiva virgem de Antônio, Terezinha (Rubia), que decide, ao final de contas, que ele deve se aproveitar do dinheiro de Clarisse para que consigam concretizar o sonho de sair do lugarejo no qual vivem e partir para o Rio de Janeiro. Antônio se engaja no plano que prevê, inclusive, que ele a engravide. Tudo começa a se complicar quando Antônio, bêbado, descobre que se tornara motivo para que Clarisse voltasse a se interessar pela vida e revela toda a v

Filme do Dia: O Mágico de Oz (1910), Otis Turner

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O Mágico de Oz ( Th e Wonderful Wizard of Oz , EUA, 1910). Direção: Otis Turner. Rot. Adaptado: Otis Turner, baseado no romance homônimo de L. Frank Baum. Com: Bebe Daniels, Hobart Bosworth, Eugenie Besserer, Robert Z. Leonard, Winifred Greenwood, Lilian Leighton, Olive Cox, Alvin Wyckoff. Essa adaptação deve menos ao romance de Baum do que de sua adaptação para os palcos da Broadway oito anos antes. Já existiam duas adaptações anteriores, sendo que uma delas do próprio Turner e com Baum como ator principal – ao qual se seguiriam mais de 120 até pouco menos de um século após. Ela também deve muito visualmente a própria tradição do universo de fantasia que se estava instituindo, notadamente aos filmes de Georges Méliès – a disposição   de grupos de mulheres vestidos de modo idêntico e se movimentando em blocos é mais do que coincidente com o clássico do cineasta, Viagem à Lua (1902). Nesse sentido, apesar de sua extensão se aproximar dos filmes de Griffith, em termos de construç

Filme do Dia: No Silêncio de uma Cidade (1956), Fritz Lang

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N o Silêncio de uma Cidade ( While the City Sleeps , EUA, 1956). Direção: Fritz Lang. Rot. Adaptado: Casey Robinson, a partir do romance The Bloody Spur , de Charles Einstein. Fotografia: Ernest Lazslo. Música: Herschel Burke Gilbert. Montagem: Gene Fowler Jr. Dir. de arte: Carroll Clark. Cenografia: Jack Mills. Figurinos: Norma Koch. Com: Dana Andrews, Rhonda Fleming, George Sanders, Ida Lupino , Howard Duff, Thomas Mitchell, Vincent Price, Sally Forrest, John Barrymore Jr., James Craig,   Mae Marsh. Com um assassino serial (Barrymore Jr.) aterrorizando as noites de Nova York, tendo como vítimas belas mulheres, o recém-empossado magnata da imprensa, Walter Kyne (Price), promete um alto cargo ao primeiro que conseguir um furo significativo sobre o caso.   Se encontram no páreo o chefe do departamento de rádio Mark Loving (Sanders), o editor-chefe do jornal John Griffith (Duff) e o chefe do departamento de fotografia Harry Kritzer (Craig). Um dos que não se sente   particularme