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The Film Handbook#138: Paul Schrader

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Paul Schrader Nascimento : 22/07/1946, Grand Rapids, Michigan, EU Carreira (como diretor) : 1978- O s filmes de Paul Schrader são marcados por uma tensão esquizofrênica: tematicamente, encontram-se entre a repressão e a indulgência, o espiritual e o carnal; estilisticamente, entre a arte e o entretenimento. De fato, poucos diretores americanos tem produzido um corpo de trabalho tão obsessivo e pessoal. De forma crucial, em relação ao posterior desenvolvimento de sua carreira, Schrader recebeu uma formação estritamente calvinista e somente assistiu seu primeiro filme com dezoito anos. Fascinado pelo cinema, que havia sido condenado pelos calvinistas como demasiado manchado pela "mundanidade", tornou-se um crítico de cinema, frequentando uma escola de cinema e, por fim, ingressando na indústria enquanto roteirista, seus créditos incluindo Operação Yakuza / The Yakuza (para Sidney Pollack), Trágica Obsessão / Obsession (para De Palma ) e, o mais bem sucedido de todos,

Filme do Dia: Revolución (1963), Jorge Sanjinés & Óscar Soria

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R evolución ( Bolívia , 1963). Direção: Jorge Sanjinés & Óscar Soria. Segunda curta de Sanjinés , realizador que se tornaria uma figura seminal do cinema engajado latino-americano (através de obras como O Sangue do Condor ). Aqui ele não necessita mais que de imagens e música para mostrar uma realidade de exploração da população miserável, seu levante armado e a enigmática e pungente imagem final de crianças ainda completamente destituídas de uma assistência mínima que miram a câmera, quase que pedindo, através de silêncio e incompreensão de sua própria situação, por mudança. 9 minutos e 10 segundos.

Filme do Dia: Inconscientes (2004), Joaquín Oristrell

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I nconscientes (Espanha/Alemanha/Itália/Portugal, 2004). Direção: Joaquín Oristrell. Rot. Original: Oristrell, Dominique Harari & Teresa Pelegri. Fotografia: Jaume Peracaula. Música: Sérgio Moure. Montagem: Miguel Ángel Santamaría. Dir. de arte: Llorenc Miguel. Com: Leonor Watling, Luis Tosar, Alex Brendemühl, Mercedes Sampietro, Núria Prims, Ana Rayo, Juanjo Puigcorbé, Marieta Orozco. Barcelona, 1913. Alma (Watling) procura a ajuda do cunhado Salvador (Tosar) para encontrar o marido psicanalista desaparecido, Leon (Brendemühl), no momento em que seu pai, Dr. Mira (Puigcorbé) pretende transformá-lo na figura de maior poder de seu hospital. Talvez o maior mérito dessa farsa repleta de referências psicanalíticas em suas intrigas envolvendo incesto, perversão, travestismo, histeria, hipnose e com sketches denominados tais como itens de um manual de psicanálise como “inveja do pênis” ou “histeria”, seja a sua arregimentação de uma narrativa investigativa ao estilo d

Filme do Dia: Buffalo Fire Department in Action (1897), William Heise

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B uffalo Fire Department in Action (EUA, 1897). Fotografia: William Heise. Uma dezena de veículos de tração animal dos bombeiros   provavelmente se exibe diante do cinegrafista no que seria uma tentativa de reproduzir um flagrante da ação dos bombeiros como reivindica o título, algo bastante improvável diante da enormidade de tempo e de recursos que tal flagrante dispenderia. Assim como o posicionamento confortável da câmera e sua própria segurança estariam em risco caso se tratasse de uma situação de improviso. O cortejo, no entanto, comporta-se como se tivesse   efetivamente se deslocando para uma emergência. Alguns transeuntes observam a movimentação que parece se dar em um bairro pobre de Buffalo. O apelo na apresentação do efetivo das brigadas de incêndio era bastante recorrente no cinema dos primeiros tempos como demonstra filmes de igual titulo e tendo como motivação a apresentação de semelhantes destacamentos em cidades como Seattle, Dresden e Belim (esse já em 1912).

Filme do Dia: A Sauna (2003), Marco Abujamra

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  A Sauna (Brasil, 2003). Direção: Marco Abujamra. Com: Samir Abujamra, Bruce Gomlevsky, Expedito Barreira, Fernanda Bond, Thaís Tedesco, Pedro Gomlevsky, Yasmin Gomlevski. O que para o espectador desavisado pode parecer nos primeiros momentos um curta documental que explore as tensões de homens com dupla vida sexual, exemplares pais de família e frequentadores de prostíbulos e estabelecimentos do gênero, acaba se revelando uma banal ficção que explora o elemento da traição como pretenso elemento cômico. O enredo gira em torno de um jovem pai de família (Abujamra) que trai a esposa com outra mulher que o espanca fortemente. Ao chegar em casa, ele relata tudo para sua esposa que, passada a ira, encontra a culpada “perfeita” na mulher que fez sexo com o marido. Ela faz com que seu marido conte tudo ao marido da mulher. Porém, o que era para ser uma vingança perfeita, soçobra para o marido. Tempos depois, a mulher, que fora expulsa pelo marido traído vai morar n
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“Most people don't have the energy for passion, so they give up and go to the movies.”

Filme do Dia: Sozinho Contra Todos (1998), Gaspar Noé

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S ozinho Contra Todos ( S eul Contre Tous , França, 1998). Direção e Rot. Original: Gaspar Noé. Fotografia: Dominique Colin. Montagem: Lucile Hadzihalilovic & Gaspar Noé. Com: Philippe Nahon, Blandine Lenoir, Frankie Pain, Martine Audrain, Jean-François Rauger, Guillaume Niclaux, Olivier Doran, Aïssa Djabri. 1980. Um açougueiro (Nahon), órfão desde criança, procura reestabelecer sua vida após a prisão, onde tentara assassinar um homem que acreditara ter estuprado sua filha.. Ele volta a se casar e vai morar com sua esposa (Pain) na província, junto a sua sogra (Audrain). Desempregado e constantemente pressionado, ele agride fortemente a esposa grávida e parte para Paris. Lá sobrevive com dificuldades e possui planos de assassinar um gerente de supermercado (Niclaux) que o humilhou. Decide visitar a filha de sua primeira união, Cyntia (Lenoir), que vive em um reformatório. O reencontro com a filha provoca uma reviravolta em sua vida. Estreia em longa-metragem de N

Filme do Dia: Jorge Mautner: O Filho do Holocausto (2012), Pedro Bial & Heitor D'Alincourt

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J orge Mautner: O Filho do Holocausto (Brasil, 2012). Direção: Pedro Bial & Heitor D’Alincourt. Rot. Original: Pedro Bial. Fotografia: Gustavo Hadba. Montagem: Leyda Nápoles. Dir. de arte: Gualter Pupo Filho. Cenografia: Denis Netto. Documentário que busca mesclar trajetória artística e biográfica a partir da própria fala de seu biografado, em boa parte lendo trechos de seu próprio livro (sugerido como leitura ao final), que dá mote ao subtítulo do filme, de imagens de arquivo (a maior parte delas não exatamente lugar comum, mesmo em se tratando de Getúlio Vargas e Hitler), de apresentações com a presença de ilustres convidados como Caetano Veloso e Gilberto Gil, assim como depoimentos de uns poucos, além de Veloso e Gil, como a própria filha de Mautner, Aguilar, Ottaviano de Fiore, Elizabeth de Fiore, Susanne Bial. A isso se acresce uma viagem aos arquivos de imagens pessoais ou profissionais do próprio Mautner, de uma foto com a sumária sunga que fazia a filha ter vergo

Filme do Dia: Sky Scrappers (1928), Walt Disney

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Sky Scrappers (EUA, 1928). Direção: Walt Disney . Faz parte da série com o Coelho Oswald que, talvez não tão curiosamente, possui uma grande semelhança com a primeira versão do camundongo Mickey. Seu desenho de traços básicos e em preto&branco, parece um tanto tosco com relação ao que o próprio Disney imporá como padrão de animação na década seguinte. Porém, em certos aspectos mais vibrante. Aqui, o motivo de pretensão humorística se encontra nitidamente colado nas comédias de ação ao vivo (como as de Harold Lloyd) que faziam uso de peripécias nas alturas de arranha-céus em construção, seus andaimes e vigas. A trilha musical reforça ainda mais esta identificação, mesmo se levando em conta que se trata de uma visão retrospectiva, já que preparada por Robert Israel, o especialista em criar trilhas para filmes mudos, para uma versão restaurada em 2007. Curiosamente, todos os personagens operários que trabalham nas construções são pretos, incluindo o próprio Coelho Oswald e ex

The Film Handbook#137: Stanley Donen

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Stanley Donen Nascimento: 13/04/1924, Columbia, Carolina do Sul, EUA Carreira (como diretor): 1949-1984 S E é difícil dizem quem fez o que nos filmes co-dirigidos por Stanley Donen e Gene Kelly, basta somente se observar a obra que fizeram separadamente para se ter certeza que Donen fornecia a elegância visual dos filmes, enquanto o ebuliente estilo clássico do dançarino foi o perfeito realce para o gosto de Donen pelo romance leve. Antigo dançarino e coreógrafo da Broadway, o encontro inicial de Donen com a MGM foi enquanto coreógrafo em uma série de musicais, incluindo Modelos / Cover Girl , Marujos do Amor / Anchors Aweigh e A Bela Ditadora / Take Me Out to the Ball Game , o último dos quais co-roteirizou e parcialmente dirigiu com Kelly. Sua estreia propriamente como diretor, no entanto, foi Um Dia em Nova York / On the Town > 1 , uma farsa sobre marinheiros de licença, notável não somente por sua soberba trilha musical mas igualmente pelos diversos números de danç

Filme do Dia:Os Caracóis (1966), René Laloux

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O s  Caracóis ( Les Escargots , França, 1966). Direção: René Laloux. Rot. Original: René Laloux & Roland Topor. Um agricultor dá o melhor de si, suas lágrimas, após inúmeras tentativas de fazer suas plantas vingarem. Elas não apenas vingam como se tornam árvores viçosas e frondosas que atraem um exército de escargots, que se transformam em seres gigantes, destruindo tudo o que encontram pela frente e deixando em seu rastro humanos mortos. Seu tom excessivamente absurdo ainda deve chamar a atenção, mas essa animação de belos traços e conscientemente comedida movimentação de cena, tipicamente modernista e kafkaniana, acaba por perder boa parte do seu encanto, sobretudo após a incorporação dos elementos demasiado fantásticos, com o passar dos anos, tornando-se talvez mais datada do que boa parte da animação clássica comercial, inclusive do período mudo. Seu efeito-piada as inversas ao final, com o agricultor agora conseguindo desenvolver cenouras gigantes e o sur

Filme do Dia: Häxan (1922), Benjamin Christensen

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H äxan (Dinamarca/Suécia , 1922). Direção e Rot. Original: Benjamin Christensen. Fotografia: Johan Ankerstjerne. Montagem: Edla Hansen. Dir. de arte e Cenografia: Richard Louw. Com: Maren Pedersen, Clarapontopiddan, Elith Pio, Oscar Stribolt, Tora Teje, John Andersen, Benjamin Christensen, Poul Relmert, Karen Winther, Kate Fabian Difícil desfiar elogios suficientes para todas as qualidades dessa gema do cinema mudo. Elas o surpreendem praticamente ao longo de todo o filme. Antes de tudo, pela subordinação de todo o enredo dramático a uma asserção sobre a feitiçaria ao longo de diversos períodos da humanidade, o que lhe traz uma dimensão documental antes mesmo que o gênero houvesse sido batizado – e o realizador faz questão de não disfarçar tal pretensão, incluindo o nome de eruditos que colaboraram com a produção, gráficos e pinturas clássicas para comprovar sobre o que fala. É sobre essa dimensão documental que ocorre o prólogo do filme, dimensão essa que retornará com

Filme do Dia: O Segredo das Jóias (1950), John Huston

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O   Segredo das Jóias ( The Asphalt Jungle , EUA, 1950). Direção: John Huston. Rot. Adaptado: Ben Maddow &  John Huston, baseado no romance de W.R. Burnett. Fotografia: Harold Rosson. Música: Miklós Rózsa. Montagem: George Boemler. Dir. de arte: Randall Duell & Cedric Gibbons. Cenografia: Jack D. Moore. Com: Sterling Hayden, Louis Calhern, Jean Hagen, James Whitmore, Sam Jaffe, John McIntire, Marc Lawrence, Anthony Caruso, Teresa Celli, Marilyn Monroe, Dorothy Tree, Brad Dexter, John Maxwell.                Dix Handley (Hayden), um amante de corrida de cavalos,  vê a chance de sair de uma vida de pequenos furtos com a proposta milionária de assalto, que tem como mentor o recentemente liberto Doutor Riedenschneider (Jaffe). Riedenschneider, no entanto, precisa de alguém que o banque e, através do contato do intermediário Cobb (Lawrence), fica sabendo da existência do milionário Alonzo D. Emmerich (Calhern). O plano de roubar as jóias no valor aproximado de meio milhão de

Filme do Dia: Cidade sem Compaixão (1961), Gottfried Reinhardt

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C idade sem Compaixão ( Town Without Pity , EUA/Al.Ocidental/Suiça, 1961). Direção: Gottfried Reinhardt. Rot. Adaptado: George Hurdalek, Jan Lusting & Silvia Reinhardt, baseado no romance The Verdict de Erwin C. Dietrich. Fotografia: Kurt Hasse. Música: Dimitri Tiomkin & Ned Washigton. Montagem: Walter Boos, Herman Haller & Werner Preuss. Dir. de arte: Rolf Zehetbauer. Cenografia: Werner Achmann, Friedhelm Boehm &  Rolf Zehetbauer. Figurinos: Lilo Hagen. Com: Kirk Douglas , Barbara Rütting, Christine Kaufmann, E.G. Marshall, Gerhard Lippert, Hans Nielsen, Ingrid van Bergen, Robert Blake, Richard Jaeckel, Frank Sutton.         Numa pequena cidade alemã, a jovem Karin Steinhof (Kaufmann), filha de uma influente família local, é estuprada por quatro soldados americanos, logo após abandonar o namorado, Frank Borgmann (Lippert). O Major Steve Garrett (Douglas), sagaz e experiente advogado, é contratado para defender os soldados. A cidade toda se alarma com o crime

Filme do Dia: The Unfurtunate Marriage (1917), Ernest C. Warde

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T he Unfortunate Marriage (EUA, 1917). Direção: Ernest C.Warde. Rot. Adaptado: Lloyd Lonergan, a partir do romance de Wilkie Collins. Fotografia: William Zollinger. Com: Florence La Badie, Richard Neill,  Gertrude Dallas, Arthur Bauer, Wayne Arey, J.H.Gilmour, Claude Cooper. A jovem e atraente Laura Fairlie (La Badie) é praticamente obrigada a se casar com o inescrupuloso  Sir Percival Glyde (Neill), por conta de um contrato nupcial feito por seu falecido pai e para seu extremo desespero, já que se encontra apaixonada por Walter Hartdridge (Arey). Uma garota, fugida de um asilo mental, Anne (La Badie) avisa a Laura sobre a falta de caráter de Percival. Típico produto melodramático que já havia sido levado às telas 3 vezes e seria outras duas apenas em termos de cinema mudo – seu progressivo desaparecimento das telas após o final do cinema clássico é bastante sintomático de seu caráter datado, sendo várias vezes adaptado para a TV. Das meio-irmãs vividas pela mesma La Badie at

Filme do Dia: Bicho de Sete Cabeças (2000), Laís Bodanzky

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B icho de Sete Cabeças (Brasil/Itália, 2000). Direção: Laís Bodanzky. Rot. Adaptado: Luiz Bolognesi, baseado no romance Canto dos Malditos , de Austrégesilo Carrano Bueno. Fotografia: Hugo Kovensky. Música: André Abujamra & Arnaldo Antunes. Com: Rodrigo Santoro, Gero Camilo,  Othon Bastos, Cássia Kiss, Altair Lima, Valéria Alencar, Marcos Cesana, Luís Miranda, Caco Ciocler, Jairo Mattos.              Neto (Santoro), jovem de São Paulo, envolve-se com um grupo de amigos e passa a fumar maconha ocasionalmente. Viaja para Santos e quando descobre que seu amigo é michê fica sem dinheiro para retornar a São Paulo. Ao pedir auxílio a uma moça, Leninha (Alencar), descobre os prazeres do amor. Ao retornar, porém, é levado sem o saber para o internamento compulsório em uma instituição psiquiátrica pelo pai, Seu Wilson (Bastos), que descobrira um cigarro de maconha em sua calça. Tendo que conviver com a triste realidade hospitalar, em meio a pacientes crônicos e irrecuperáveis,

Filme do Dia: Fábula (1965), Arne Sucksdorff

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F ábula ( Mitt Hem är Copacabana , Suécia/Brasil, 1965). Direção, Fotografia e Montagem: Arne Sucksdorff. Rot. Original: João Bethencourt & Flávio Migliaccio, sobre o argumento de Sucksdorff.  Música: Luciano Perrone. Cenografia: José T. Araújo. Com: Antonio Pitanga, Dirce Migliaccio, Leda Santos, Álvaro Peres, Amaro Cavalcanti, Andrey Salvador, Antônio Carlos Fontoura, Antônio Lima, Cosme dos Santos.         Um grupo de meninos favelados e órfãos enfrentam a dura realidade da sobrevivência no Rio de Janeiro. Aos poucos vão descobrindo estratégias como a de criar uma pipa que consegue pegar a de todos os   garotos na prai de Copacabana e revendê-las em outro local da praia. Ao voltarem para seu barraco improvisado, necessitam conviver com um grupo de marginais que se entricheirou no local e ensinam para a maior parte deles a arte de furtar. Um deles, no entanto, é resoluto em não aderir ao crime e prefere ser engraxate. Observam também os rituais de candomblé nas

The Film Handbook#136: Fred Zinnemann

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Fred Zinnemann Nascimento : 29/04/1907, Viena, Áustria Morte : 14/03/1997, Londres, Inglaterra Carreira (como diretor): 1934-1982 O s filmes de Fred Zinnemann - outrora considerado enquanto um moralista sério com talento para o realismo social - não envelheceram bem. Frequentemente lentos, solenes e simplistas, sendo a obra de um diretor que parece ter equacionado arte com bom gosto, objetividade com indiferença e significação com reverência destituída de humor. Foi assistente de direção em vários filmes em Paris e Berlim (incluindo o clássico Gente no Domingo / Menschen  am  Sonntag de Siodmak . Em 1929, Zinnemann emigrou para Hollywood, onde trabalhou na mesma medida para seu compatriota Berthold Viertel, Flaherty e Berkeley . Em 1934, com o fotógrafo Paul Strand co-dirigu Redes , longa semidocumental sobre as vidas de pescadores mexicanos que lhe propiciou um contrato com a MGM, onde dirigiria curtas para a série Crime Does Not Pay . Somente oito anos após realizaria v

Filme do Dia: A Casa das Janelas Fechadas (1910), D.W. Griffith

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A Casa das Janelas Fechadas (Th e House with Closed Shutters , EUA, 1910). Direção: D.W. Griffith. Rot. Original: Emmett C. Hall. Fotografia: G. W. Bitzer. Com: Henry B. Walthall, Grace Henderson, Dorothy West, Joseph Graybell, Charles West, William J. Butler. Soldado confederado (Walthall) parte para a guerra como herói, despedindo-se da mãe (Henderson) e da irmã (West). Quando recebe uma missão de atravessar uma zona em conflito para entregar uma mensagem as forças confederadas das mãos do General Robert E. Lee entra em colapso nervoso e se refugia em casa. Sua irmã então, decide, por conta própria fazer-se de soldado e entregar a mensagem. Engaja-se na batalha e morre heroicamente. Sua morte sela igualmente a morte em vida para o irmão, que a mãe pretende ocultar dos olhos da sociedade, trancando todas as janelas da casa e não permitindo que ele saia. Certo dia, muitos anos passados, dois antigos pretendentes da irmã (Graybell e Charles West), descobrem que ele

Filme do Dia: Elis (2016), Hugo Prata

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E lis (Brasil, 2016). Direção: Hugo Prata. Rot. Original: Luiz Bolognesi, Vera Egito & Hugo Prata. Fotografia: Adrian Teijido. Música: Otavio de Moraes. Montagem: Tiago Feliciano. Dir. de arte: Frederico Pinto. Figurinos: Cristina Camargo. Com: Andréia Horta, Gustavo Machado, Caco Ciocler, Zécarlos Machado, Lúcio Mauro Filho, Ícaro Silva, Júlio Andrade, Isabel Wilker, Rodrigo Pandolfo, Bruce Gomlevsky. Elis Regina (Horta), é uma jovem entusiasta pela música que chega ao Rio de Janeiro com seu velho pai Romeu (Machado), justamente quando irrompe o golpe militar. Como eles vieram com atraso, não conseguem o prometido teste de gravação e Elis, contra a vontade paterna, fica para um ensaio com Tom e Vinícius, do qual sai desgostosa. Porém, logo brilhará em um clube noturno comandado por Ronaldo Bôscoli (Machado) e Miéle (Mauro Filho), no qual a estrela do momento é Nara Leão (Wilker). Seu temperamento não se afina com o de Bôscoli, notório mulherengo, que mantém casos com vá