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Filme do Dia: Crimes e Pecados (1989), Woody Allen

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C rimes e Pecados ( Crimes and Misdemeanors , EUA, 1989). Direção e Rot. Original: Woody Allen. Fotografia: Sven Nykvist. Montagem: Susan E.Morse. Dir. de arte: Santo Loquasto & Speed Hopkins. Cenografia: Susan Bode. Figurinos: Jeffrey Kurland. Com: Martin Landau, Anjelica Huston, Woody Allen, Alan Alda, Mia Farrow, Sam Waterston, Claire Bloom, Joanna Gleason, Martin Bergmann, Jerry Orbach.           Judah Rosenthal (Landau) é um respeitado oftamologista, marido e pai de família que vê sua estabilidade ruir após ser ameaçado pela amante Dolores Paley (Huston). Inconformada com sua situação e as promessas habituais do amante de abandonar a esposa (Bloom), Paley passa a ligar obsessivamente para sua casa e consultório. Aflito, ele procura o irmão criminoso Jack (Orbach), que lhe propõe assassinato. Ele vê tudo como um enorme absurdo e prefere dar tempo ao tempo. Volta a encontrar-se com Paley, mas não consegue deter sua fúria. Atormentado, confessa tudo ao amigo e paciente Ben (

Filme do Dia: Os Apuros do Senhor Max (1937), Mario Camerini

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O s Apuros do Senhor Max ( Il Signor Max , Itália, 1937). Direção: Mario Camerini. Rot. Original: Mario Camerini & Mario Soldati, a partir do argumento de Amleto Parmi. Fotografia: Anchise Brizzi. Música: Renzo Rossellini. Montagem: Mario Camerini & Giovanna Del Bosco. Dir. de arte e Figurinos: Gino Sensani. Com: Vittorio De Sica, Assia Noris, Rubi D’Alma, Lilia Valle, Caterina Collo, Umberto Melnati, Mario Casoleggio, Virgilio Rieuto . O jornaleiro Gianni (De Sica), de humilde família, vive sonhando em fazer parte do mundo da alta sociedade. Seus sonhos se tornam mais próximos quando se transforma no queridinho da socialite Paola (D’Alma),  personificado como Senhor Max, em detrimento de um pretendente que esnoba. Após sofrer um acidente de bicicleta quando procurava seguir o carro de Paola, Gianni se torna objeto da paixão da criada de Paola, Lauretta (Noris). A partir de então sua vida se transforma em um inferno, tendo que levar a farsa adiante de sua dupla personali

Filme do Dia: A Morte de um Bookmaker Chinês (1976), John Cassavetes

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A  Morte de um Bookmaker Chinês ( The Killing of a Chinese Bookmaker , EUA, 1976). Direção e Rot. Original: John Cassavetes. Fotografia: Mitch Breit & Al Ruban. Música: Bo Harwood. Montagem: Tom Cornwall. Dir. de arte: Sam Shaw & Phedon Papamichael. Cenografia: Bruce Hartman & Robert Vehon. Figurinos: Mary Herne. Com: Ben Gazzara, Timothy Carey, Seymour Cassel, Virginia Carrington, Morgan Woodward, Meade Roberts, Azizi Johari, John Kullers. Cosmo Vittelli (Gazzara) é dono de uma boate que apresenta números musicais que exploram, em grande parte, a nudez de algumas garotas e apaixonado pelo que faz. Sua vida, relativamente tranquila, vê-se abalada pelo hábito de jogar, perdendo 23 mil dólares. Seus credores pedem que, em troca da dívida, ele mate um dos líderes da máfia chinesa. Após executar não apenas o homem designado, mas também dois de seus guarda-costas, Vittelli é procurado pelos mesmos homens, que agora querem efetuar uma “queima de arquivo”. Menos interess

The Film Handbook#148: Hal Ashby

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Hal Ashby Nascimento: 02/09/1929, Ogden, Utah, EUA Morte : 27/12/1988, Malibu, Califórnia, EUA Carreira (como diretor): 1970-1988 O s filmes de William Hall Ashby exalam um liberalismo desfocado que frequentemente trabalha contra suas boas e manifestas ambições. Ele pode ser apreciado como um jovem arquetípico dos idealistas anos 60, sincero, ingênuo e mal equipado para lidar com as realidades políticas e sociais que ele parecia tão interessado em se pronunciar. O primeiro trabalho relevante de Ashby em Hollywood foi como montador para severos liberais como William Wyler , George Stevens e Norman Jewinson. Seu primeiro longa-metragem, Amor Sem Barreiras / The Landlord , uma narrativa atraentemente caracterizada, da relação de um rapaz branco e rico com seus inquilinos no Harlem, apresentava uma promessa, mas o sucesso cult Ensina-me à Viver / Harold and Maude > 1 , no qual um adolescente obcecado pela morte concebe tentativas mal sucedidas de suic

Filme do Dia: Igual a Tudo na Vida (2003), Woody Allen

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I gual a Tudo na Vida ( Anything Else ,EUA, 2003). Direção e Rot. Original: Woody Allen. Fotografia: Darius Khondgi. Montagem: Alisa Lepselter. Dir. de arte: Sandro Loquasto & Tom Warren. Cenografia: Regina Graves. Figurinos: Laura Jean Shannon. Com: Jason Biggs, Woody Allen, Christina Ricci, Danny DeVito, Kader Strickland, Jimmy Fallen, Anthony Arkin, Fisher Stevens. Jerry Folk (Biggs) é um jovem que pretende se lançar no universo do humor em Nova York. Possuindo um agente atrapalhado, Harvey (DeVito) que menos ajuda que o inverso, ele procura se moldar ao comediante veterano David Dobel (Allen), um excêntrico sujeito com mania de perseguição. Folk vive uma relação com a complicada Amanda (Ricci), que não quer fazer sexo com ele e que acredita ter superado essa barreira quando o faz com o professor de teatro. Para tentar transformar a situação cada vez mais caótica na vida de ambos, Dobel convida Jerry para abandonarem toda a vida que levam e partirem para a Califórnia, onde

Filme do Dia: King Klunk (1933), Walter Lantz

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K ing Klunk (EUA, 1933). Direção: Walter Lantz. Música: James Dietrich. Episódio da série animada com Pooch, the Pup, que não foi comercialmente exibida no Brasil e apresenta uma primeira sátira ao recente mega-sucesso King Kong , lançado menos de seis meses antes, e sem créditos para direção. Seguindo elementos básicos da trama do filme, deve-se observar apenas que dentre os elementos paródicos se encontra uma personagem africana que se apaixona por Pooch, conseguindo a animação elevar ainda mais o grau de racismo já existente em seu original, no momento em que Pooch toma um tremendo susto ao perceber que sua jovem namorada branca fora substituída por uma garota africana de lábios carnudos e fitinhas no cabelo, mais alusivas a um estereótipo das crianças negras do sul dos Estados Unidos que propriamente africanas. O gorila recebe flechadas no traseiro do cupido para ter sua paixão pela namorada de Pooch atiçada (recurso já entrevisto no anterior A Wet Night , da série do coelho

Filme do Dia: A Night in a Harem (1958), Lotte Reiniger

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A  Night in a Harem (Reino Unido, 1958). Direção: Lotte Reiniger. Única artista do universo da animação a utilizar a técnica do desenho com silhuetas, Reiniger aqui vivencia seu período mais profício e, como habitualmente, faz uso do universo de conto das mil e uma noites ou de fadas que se casa perfeitamente com o mundo colorido e belo nos quais os personagens vivenciam suas aventuras. Mesmo bebendo nas fontes da animação clássica de Disney , Reiniger apresenta uma postura bastante diferenciada, abertamente sexuada na demonstração do xeique pela jovem e seu enamorado que caíram em um balão em território que ainda desconhece tais modernidades; será justamente o balão, assim como o leão cúmplice  que irá salvar o caso da fúria do xeique que, após aprisionar a mocinha, já havia reservado a seu amado uma morte na lâmina de um facão. A trilha musical de Mozart apenas ressalta a delicadeza desse talento ímpar. Fantasia Prod. Lmtd. 15 minutos.

Filme do Dia: Post-Coitum, Animal Triste (1997), Brigitte Roüan

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P ost-coïtum, Animal Triste (França,1997). Direção: Brigitte Roüan, Rot. Original:  Santiago Amigorena, Jean-Louis Richard,  Brigitte Roüan &  Guy Zylberstein. Fotografia: Pierre Dupouey Música: Michel Musseau &  Umberto Tozzi. Montagem: Laurent Roüan Com:   Brigitte Roüan, Patrick Chesnais,  Boris Terral,  Nils Tavernier,  Jean-Louis Richard,   Françoise Arnoul.             Diane Clovier (Roüan) leva uma vida mais que normal: bem conceituada na editora de livros, onde trabalha para Weyman-Lebeau (Richard); boa companheira para o marido Philippe (Chesnais); boa mãe para os filhos adolescentes. Porém tudo isso se modificará, a partir do momento que conhece Emilio (Terral), jovem que divide o apartamento com seu pupilo e promessa de talento François (Tavernier). Ela esquece o mundo ao seu redor para render-se ao seu amor cumpulsivo. Paralelamente seu marido, advogado, acompanha o caso de uma conhecida da família, a senhora Lepluche (Arnoul), que barbaramente assassina o ma

Filme do Dia: Ânsia de Amar (1971), Mike Nichols

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A nsia de Amar (Carnal Knowldege, EUA, 1971). Direção: Mike Nichols. Rot. Original: Jules Feiffer. Fotografia: Giuseppe Rotunno. Montagem: Sam O’Steen. Dir. de arte: Richard Sylbert & Robert Luthardt. Cenografia: George R. Nelson. Figurinos: Anthea Sylbert. Com: Jack Nicholson , Art Garfunkel, Candice Bergen, Ann-Margret, Rita Moreno, Cynthia O’Neal, Carol Kane. Final dos anos 40. Jonathan (Nicholson) e Sandy (Garfunkel) são os melhores amigos de faculdade e discutem detalhes de suas intimidades com as mulheres. Sandy, mais sensível, apaixona-se por Susan (Bergen), que Jonathan sai várias vezes até conseguir manter um contato sexual. Tempos depois, Sandy se encontra casado com Susan e Jonathan vive uma relação conturbada com a emocionalmente instável  Bobbie (Margret). Sandy revela o tédio que acompanha seu casamento e Jonathan o incentiva a ter casos ocasionais com garotas como Cindy (O’Neal). Posteriormente, Sandy se encontra envolvido com uma garota que tem idade de ser s

Italian Tango: Daniele Serra - Scrivimi, 1936

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Filme do Dia: Liberdade e Pátria (2002), Jean-Luc Godard & Anne-Marie Miéville

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L iberdade e Pátria ( Liberté et Patrie , Suiça, 2002). Direção, Rot.Original, Fotografia e Montagem: Jean-Luc Godard & Anne-Marie Miéville. Tendo como pretexto a vida e obra do pintor Aimé Pache, na verdade, uma escrita semi-autobiográfica do escritor Charles Ferdinand Ramuz (1918-1947) a dupla de realizadores traz imagens da mesma região de onde são igualmente originários. O fluxo de referências é incessante e colossal e traz, com moderação é verdade, efeitos óticos similares aos utilizados pela não muito distante série História(s) do Cinema e um uso nada moderado de uma avalanche de referências iconográficas, fílmicas ( Ladrões de Bicicleta e Quatorze Juillet , de René Clair dentre tantos outros) - seja através de imagens fixas ou em movimento -  com uma banda sonora em que a voz de um homem e uma mulher se alternam e muitas referências literário-filosóficas surgem (de Wittgenstein, Aristóteles e outros menos conhecidos, incluindo o próprio Ramuz), música de Beethove

Filme do Dia: Direito de Amar (2009), Tom Ford

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D irei to de Amar ( A Single Man , EUA, 2009). Direção: Tom Ford. Rot.Adaptado: Tom Ford & David Scearce, a partir do romance de Christopher Isherwood. Fotografia: Eduard Grau. Música: Abel Korzeniowski. Montagem: Joan Sobel. Dir. de arte: Dan Bishop & Ian Phillips. Cenografia: Amy Wells. Figurinos: Arianne Phillips. Com: Colin Firth, Julianne Moore, Nicholas Hoult, Matthew Goode, Jon Kortajarena, Paulette Lamori, Ryan Simpkins, Teddy Sears. Idos da década de 60. George (Firth), professor de inglês, um ano após a morte de seu companheiro, Jim (Goode), em um acidente de carro, ainda não consegue lidar com a sua ausência. Próximo a ele vive uma amiga, Charley (Moore), solitária desde a separação do marido, que o convida para um jantar que quase termina com uma sedução. Assoberbado pelo fantasma das lembranças, sua atuação em sala de aula também fica notoriamente diferente do habitual, chamando a atenção da classe e sobretudo de um aluno sensível, Kenny (Hoult), que

Filme do Dia: O Primeiro Cigarro de um Colegial (1906), Louis J. Gasnier

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O  Primeiro Cigarro de um Colegial ( Le  Premier Cig are d’une Collégien , França, 1906). Direção: Louis J. Gasnier. Com: Max Linder . Max experimenta pela primeira vez o que seriam os prazeres do fumo e da bebida e chega completamente alterado no prédio onde mora, entrando no apartamento vizinho e de lá sendo expulso pelo seu inicialmente assustado proprietário. É então socorrido pela mãe. As inserções de planos mais próximos para descrever um evento em andamento ocorrem aqui de forma menos abrupta e mais encadeada do que nos primeiros anos do século e certamente mais abrupta do que no cinema de continuidade que se institui após. Vale lembrar que no mesmo ano, Porter havia realizado outro retrato de um bêbado, esse veterano, em Dream of a Rarebit Fiend , que não possui uma narrativa tão clara quanto aqui, mas certamente é bem mais inventivo, ao reproduzir os efeitos da própria mente do bêbado ou de sua percepção visual em trucagens visuais. Curiosamente, Linder aqui pe

Filme do Dia: A Culpa (1971), Domingos de Oliveira

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A  Culpa (Brasil, 1971). Direção: Domingos de Oliveira. Com: Paulo José, Dinah Sfat, Nélsom Xavier, Sérgio Britto. Dupla de irmãos (José e Xavier) assassina o pai, empreiteiro milionário (Britto), com ajuda da noiva de um dos irmãos, Matilde (Sfat). O sentimento de culpa posterior ao crime acabará por dilacerar suas vidas. Um dos irmãos suicida-se, enquanto Heitor (José) é assassinado pela noiva, que enlouquece. Nesse belo e atmosférico filme de Oliveira o que menos interessa é o enredo em si – já inicia com o crime cometido e a ocultação do cadáver pelo trio. Utilizando-se de uma estética comum as produções do Cinema Novo, o filme traça um sombrio retrato do estado psicológico dos assassinos após o crime. Ao contrário de Pocilga , de Pasolini , os personagens não conseguem se eximir da profunda culpa cristã pelo parricídio. Embora recebam dois milhões de dólares de herança, a vida já não possui sentido e a paranoia torna-se crescente. Recursos como a câmara na mão em planos l

Filme do Dia: Persepolis (2007), Vincent Parronaud & Marjane Satrapi

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P ersepolis (França/EUA, 2007). Direção: Vincent Parronaud & Marjane Satrapi. Rot. Adaptado: Vincent Parronaud baseado nos quadrinhos e no romance de Marjane Satrapi. Música: Olivier Bernet. Montagem: Stéphane Roche. Dir. de arte: Marina Musy. Marjane Satrapi é uma garota que na sua infância é surpreendida pelos eventos políticos que provocam uma reviravolta no seu país: a Revolução Iraniana. Tendo um tio sido preso e morto e com a crescente repressão no país, os pais, ocidentalizados, a enviam para uma temporada na Áustria, onde Marjane (voz de Chiara Mastroianni) passa por dificuldades com relação à moradia e namoro (um dos rapazes pelos quais se apaixona se descobre homossexual, o outro é flagrado a traindo). Sem rumo, Marjane passa a morar nas ruas e pega uma bronquite. Retorna ao Irã e aos pais, assim como aos conselhos da avó (voz de Danielle Darieux) em estado depressivo. Envolvida com um homem que acha atraente, ela acaba se casa com ele para driblar a excessiva

Filme do Dia: Uma Abelha na Chuva (1972), Fernando Lopes

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U ma Abelha na Chuva (Portugal, 1972). Direção: Fernando Lopes. Rot. Adaptado: Fernando Lopes, baseado no romance de Carlos D´Oliveira. Fotografia: Manuel Costa e Silva. Música: Manuel Jorge Veloso. Montagem: Teresa Olga. Com: Laura Soveral, João Guedes, Zita Duarte, Ruy Furtado, Carlos Ferreiro, Fernando de Oliveira, Adriano Reys. Álvaro Silvestre (Guedes) é um rude camponês que se casou com uma aristocrata decadente, Maria dos Prazeres (Soveral), que sente desprezo por ele, refugiando-se no teatro e nos romances que reconta para as amigas.  Certo dia, Álvaro escuta na cozinha comentários maliciosos sobre o olhar que sua esposa lança a Jacinto (Reys) pelo próprio cocheiro a sua amada, Clara (Duarte), empregada filha do Mestre Antônio (Furtado), com quem pretende se unir. Mestre Antônio, no entanto, tem outros planos para a filha, pretendendo um casamento que o possibilitará salvar da ruína econômica, com um agricultor de posses. Sua decisão toma prumo quando Álvaro, enciumado e i

Filme do Dia: Blitz Wolf (1942), Tex Avery

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B litz Wolf (EUA, 1942). Direção: Tex Avery. Rot. Original: Rich Hogan. Música: Scott Bradley. Avery, no auge de sua inventividade anárquica, põe todo o seu talento nesse curta indicado ao Oscar da categoria. Aqui, a paródia de um dos clássicos do curta de animação dos estúdios Disney, Os Três Porquinhos (1933), serve como pretexto para o Lobo da série de animações altamente sexualizadas dirigidas por Avery parodiando personagens como Chapeuzinho Vermelho, encarnar ninguém menos que Hitler. Astuto e com um bigodinho que mesmo fazendo referência não chega a ser exatamente uma cópia do líder alemão, a animação faz referências mais pesadas ao Japão, simplesmente explodido com uma bomba, do que com a própria encarnação de Hitler, a determinado momento observado, numa cena típica do humor averyano, pedindo para que todos os ruidosos efeitos sonoros da guerra parem para que ele possa falar ao telefone com sua amada, sendo imediatamente atendido. Outra cena antológica é a que o Lobo e

The Film Handbook#147: Bernardo Bertolucci

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Bernardo Bertolucci Nascimento: 16/03/1941, Parma, Emilia-Romagna, Itália Carreira : 1962- Os filmes de Bernardo Bertolucci parecem simultaneamente pessoais e estranhamente sujeitos a cairam nas graças da moda cinematográfica, apesar de não se poder condenar a consistência temática de sua obra nem, vinculado a isso, certos elementos quase autobiográficos em boa parte dessa. Filho de um bem sucedido poeta, Bertolucci escreveu ele próprio poesia quando jovem. Após realizar filmes amadores em 16 mm em sua adolescência, trabalhou como assistente para Pasolini em Accattone ; como retribuição, foi-lhe permitido dirigir A Morte / La Commare Secca > 1 , a partir de um roteiro de Pasolini . Ambientado, como Accattone , nas classes trabalhadoras suburbanas de Roma, e traçando uma investigação policial envolvendo o assassinato de uma prostituta, o filme mescla a fotografa do cinema noir , personagens realistas e um estilo narrativo a la Rashomon   (as horas finais da vítima são descrit

Filme do Dia: Fahrenheit 11 de Setembro (2004), Michael Moore

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F ahrenheit 11 de Setembro ( Fahrenheit 9/11 , EUA, 2004). Direção e Rot. Original: Michael Moore. Fotografia: Mike Desjarlais, Kirsten Johnson & William Rexer. Música: Jeff Gibbs & Bob Golden. Montagem: Kurt Engfehr, Todd Woody Richman & Chris Seward. Dir. de arte: Dina Varano. Seu estilo grandemente pop e seu tom marcadamente panfletário e efetivado no calor do momento trai suas intenções tanto ideológicas quando mercadológicas. Nesse sentido, Moore apenas repete a fórmula já presente nos seus documentários realizados para a  televisão e em Tiros em Columbine . Longe dos distúrbios no Iraque, o retrato que o cineasta traça da guerra está distante da crueza densa das imagens de Corações e Mentes (1974), de Peter Davis, célebre documentário sobre o Vietnã. Aqui, pelo contrário, trabalha-se sob a chave de um engenhoso orquestrador de imagens –algumas delas retiradas de filmes ficcionais como Nosferatu (1922), de Murnau – que tem o intuito explícito de servir como c

Filme do Dia: Peeping Penguins (1937), Dave Fleischer

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P eeping Penguins (EUA, 1937). Direção: Dave Fleischer. Música: Sammy Timberg. Um grupo de jovens pinguins se sente curioso a respeito de um casa fechada que se encontra para alugar e, mesmo contra a advertência de uma pinguim mais velha, invade-a e a explora até serem deslocados para longe por um dos fogos de artifício que explodiram acidentalmente. Um dos 36 curtas produzidos para a série Color Classics (1934-1941), no qual uma canção e uma prédica moral, aqui reunidos praticamente numa figura só – e, embora não deixe de explorar uma fórmula de moralismo bem rasteira, como habitual, aqui sobra farpas igualmente para a agente desse moralismo, que apesar de cantar contra a curiosidade dos pinguins jovens, fica ela própria tentada a explorar o que seria uma chaminé, ficando com a cabeça presa na mesma. Fleischer Studios para Paramount Pictures. 7 minutos.