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The Film Handbook#152: James L. Brooks

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James L. Brooks Nascimento: 09/05/1940, North Bergen, Nova Jersey, EUA Carreira  (como diretor): O s filmes de James L. Brooks são notáveis menor por suas inerentes qualidades artísticas que pelo seu sucesso virtualmente inexplicável tanto com o público quanto com a maior parte da crítica. Após ter realizado somente dois longas-metragens, Brooks é vastamente reconhecido como um diretor maior de Hollywood. Tendo progredido de revisor de salas de redação a produtor-roteirista de algumas das melhores sitcoms da tv americana ( The Mary Tyler Moore Show , Lou Grant , Taxi ), Brooks realizou sua estreia como diretor de cinema, adaptando um romance de Larry McMurtry para o cinema, adquirindo os direitos da veterana atriz Shirley Jones, e atraindo os talentos de Shirley McLaine, Debra Winger e Jack Nicholson. O resultado foi o vencedor do Oscar Laços de Ternura / Terms of Endearment > 1,  uma contagiante história semi-cômica da relação de uma mãe exageradamente possessiva com sua fi

Filme do Dia: Cutey and the Chorus Girls (1913), James Young

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C utey and the Chorus Girls (EUA, 1913). Direção: James Young. Rot. Adaptado: a partir do conto de Beta Breuil. Com: Wally Van, Flora Finch, Lillian Walker, Leah Baird, Hughie Mack, Harry Lambart, Lillian Burns. Cutey (Van) vai assistir com os amigos Billy (Mack) e Johnny (Lambart) um espetáculo de coristas e se interessa por duas delas, Dolly (Walker) e Kitty (Baird). Porém a mais velha das coristas, Flora (Finch), acredita que os gestos foram para ela e demonstra seu interesse, para o desalento de Cutey. Tirando partido da situação, Billy e Johnny contratam um homem de altura extraordinária para se fazer passar pelo irmão de Flora e, no restaurante, em que Kitty e Dolly haviam marcado encontro, quem ele encontrará na mesa após uma longa espera é ninguém menos que Flora, cujo “irmão” pede satisfações e, para a alegria geral de todos, um noivado é selado contra a vontade do desgostoso Cutey. Young com frequência se rendia a incursões pela comédia, gênero não tão frequente assim

Filme do Dia: Caiçara (1950), Adolfo Celi

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C aiçara (Brasil, 1950). Direção: Adolfo Celi. Rot. Original: Adolfo Celi, a partir do argumento de Alberto Cavalcanti, Adolfo Celi & Ruggero Jacobi. Fotografia: H.E. Fowle . Música: Francisco Mignone. Montagem: Oswald Hafenrichter. Cenografia: Aldo Calvo & Pierino Massenzi. Figurinos: Suzana Petersen. Com: Eliane Lage, Abílio Pereira de Almeida, Carlos Vergueiro, Mário Sérgio, Maria Joaquina da Rocha,  Oswaldo Eugenio, Adolfo Celi, Tetsunosuke Arima. Marina (Lage) vive em um orfanato, ainda que seus pais estejam vivos em um colônia de leprosos. Zé Amaro (Almeida) a leva para viver com ele, após casarem. Ela passa a ser a sensação em Ilha Verde, despertando a curiosidade de todos os ilhéus da pequena comunidade, sobretudo de Manoel (Vergueiro), sócio de seu marido, que se torna obcecado por ela. O rude e beberrão Zé Amaro passa dias fora de casa, farreando em Santos, sofrendo Marina não apenas o assédio mas a invasão da própria casa por Manuel. Ela fora alertada por Fe

Filme do Dia: As Boas Maneiras (2017), Juliana Rojas & Marco Dutra

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A s Boas Maneiras (Brasil/França, 2017). Direção e Rot. Original: Juliana Rojas & Marco Dutra. Fotografia: Rui Poças. Música: Guiherme Garbato & Gustavo Garbato. Montagem: Caetano Gotardo. Dir. de arte: Fernando Zuccolotto. Figurinos: Kiko Orona. Com: Isabél Zuaa, Marjorie Estiano, Miguel Lobo, Cida Moreira, Andréa Marquee, Felipe Kenji, Nina Medeiros, Neusa Velasco, Eduardo Gomes, Hugo Villavicenzio. Clara (Zuaa) é contratada para trabalhar no apartamento de Ana (Estiano), que se encontra grávida e sofre com o afastamento de toda a família. Uma cumplicidade surge entre as duas que se desdobra em uma relação amorosa. Clara, no entanto, começa a perceber um comportamento alterado de Ana em noites de lua cheia, quando se torna sonâmbula. Certa noite, inclusive, ela a morde com ferocidade, deixando marca forte em seu pescoço. Ana relata que o encontro que gerou seu filho foi encoberto por certo mistério. Quando a criança nasce, no entanto, para o terror de Clara, é algo mon

Filme do Dia: A Noite do Demônio (1957), Jacques Tourneur

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A  Noite do Demônio ( Night of the Demon , Reino Unido, 1957). Direção: Jacques Tourneur. Rot. Adaptado: Charles Bennett & Hal E. Chester, a partir do conto Casting the Runes , de M.R. James. Fotografia: Edward Scaife. Música: Clifton Parker. Montagem: Michael Gordon. Dir. de arte: Ken Adam. Com: Dana Andrews, Peggy Cummins, Niall MacGinnis, Maurice Denham, Athene Seyler, Liam Redmond, Reginald Beckwith, Ewan Roberts. O psicológo John Holden (Andrews) é convidado por seu colega britânico Henry Harrington (Denham) para participar de um simpósio no qual tratarão dos eventos associados a paranormalidade.  Harrington se aproximou de um homem estranho, dr. Karswell, que afirma ter acesso aos demônios. Harrington é vítima de um deles, ao chegar em casa. Sua sobrinha, Joanna (Cummins), torna-se aliada de Holden, na sua luta para desvendar os mistérios insondáveis que rondam as atividades de Karswell. É curioso que justamente no momento em que a Hammer praticamente revivia o gê

Filme do Dia: Ex Isto (2010), Cao Guimarães

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E x Isto (Brasil, 2010). Direção: Cao Guimarães. Rot. Adaptado: Cao Guimarães, a partir de "Catatau" Paulo Leminski. Com: João Miguel René Descartes vem ao Brasil junto com Maurício de Nassau para descobrir que nenhuma lógica resiste ao calor e a desmesura dos trópicos nesse longa “experimental” de Guimarães, repleto de achados visuais assim como outro tanto de banalidades. Dentre as primeiras se encontram a forma como Guimarães consegue criar a partir de imagens com a água, seja com a figura de João Miguel a dominar o quadro (numa referência visual que lembra, ainda que não tão criativa quanto, Filme de Amor , de Bressane), seja – e principalmente – somente a própria água, a criar arabescos e cintilações que acabam por se transformar no equivalente aos efeitos das imagens eletrônico-digitais de alguns filmes de vanguarda. Dentre as últimas, muitas das cenas em que Miguel passeia pelas ruas de um Recife contemporâneo, fazendo o máximo possível para ser um elemento

Filme do Dia: Um Sonho de Amor (2009), Luca Guadagnino

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U m Sonho de Amor ( Io Sono L’Amore , Itália, 2009). Direção: Luca Guadagnino. Rot. Original: Luca Guadagnino, Barara Alberti, Ivan Cotroneo & Walter Fasano, a partir do argumento de Guadagnino. Fotografia: Yorick Le Saux. Música: John Adams. Montagem: Walter Fasano. Dir. de arte: Francesca Balestra de Mottola. Cenografia: Monica Sironi. Figurinos: Antonella Cannarozzi. Com: Tilda Swinton, Flavio Parenti, Edoardo Gabriellini, Alba Rohrwacher, Pippo Delbono, Diane Fleri, Maria Paiato, Marisa Berenson. A rica família Recchi recebe surpresa a nomeação do jovem e inexperiente Edoardo (Parenti) como um dos presidentes da indústria fundada por seu avô. O melhor amigo de Edoardo, Antonio (Gabriellini) passa a manter uma relação secreta com sua mãe, Emma (Swinton) e a irmã, Betta (Rohrwacher) decide assumir sua homossexualidade. Quando Edoardo fica sabendo de tudo, ele se revolta contra a mãe e acidentalmente cai na borda da piscina e vem a falecer após entrar em coma profundo. Emma

Filme do Dia: Auto-Controle (1938), Jack King

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A uto-Controle (EUA, Self Control , 1938). Direção: Jack King. Rot. Original: Carl Barks. Música: Oliver Wallace. Donald tenta descansar em uma rede, sendo importunado por várias situações que vão de uma abelha que pica seu pé, uma lagarta que atrai uma galinha que lhe pica no traseiro e um pica-pau que deixa tudo de pernas para o ar. Ao longe de todos os incidentes, Donald escuta um programa de rádio que alardeia técnicas para uma vida sob auto-controle. Ao final, Donald deixa o rádio em pedaços. O locutor de rádio faz as vezes aqui de narrador que interage com a situação, sendo que aqui menos se dirigindo diretamente como faz aquele, mas sobretudo através do ritmo de seus comentários, que surgem e desaparecem como pontuação irônica sob a crescente falta de controle de Donald, sendo seu ato final já prenunciado desde o início. Foi utilizado como material de propaganda durante a guerra em Donald’s Decision (1942). Como roteirista não creditado ninguém menos que Carl Barks, o c

Filme do Dia: O Espelho (1975), Andrei Tarkovski

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O Espelho ( Zerkalo , URSS, 1975). Direção: Andrei Tarkovski. Rot. Original: Aleksandr Misharin & Andrei Tarkovski. Fotografia: Georgi Rerberg. Música: Eduard Artemiev. Montagem: Lyudmila Feiginova. Dir. de arte: Nikolai Dvigubski. Yelena Fomina. Com: Margarita Terekhova, Ignat Daniltsev, Larisa Tarkovskaya, Alla Demidova, Anatoli Solonitsyn, Yuri Nazarov, Oleg Yankovski, Filipp Yankovski. Ao mesmo tempo que visita a esposa Natalya (Terekhova), um homem relembra a mãe em sua juventude,  enquanto especula sobre o futuro do filho Ignat (Daniltsev), que pretende levar consigo, para salvá-lo do que acredita ser o excesso de complacência pequeno-burguesa da mãe. Também relembra episódios de sua juventude, como num campo de treinamento militar ou quando uma casa próxima sofreu um incêndio. Menos preocupado em narrar uma história em uma estrutura convencional que apresentar um painel (grandemente autobiográfico) em que memória, história e espiritualidade se interpenetram, o fi

Filme do Dia: A Festa do Monstro Maluco (1967), Jules Bass

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A  Festa do Monstro Maluco ( Mad Monster Party? , EUA, 1967). Direção: Jules Bass. Rot. Original: Leo Korokbin & Harvey Kurtzman sob argumento de Arthur Rankin Jr. Fotografia: Tadahito Mochinaga. Música: Maury Laws. O Barão Frankenstein convida um grupo de monstros célebres como o Conde Drácula, o Lobisomem, o Homen Invisível, Dr. Jekyll/Sr. Hyde, o Corcunda de Notre-Dame e a Múmia, além de seu sobrinho humano Flanken  para anunciar que encontrou a fórmula de uma bomba de grande potência. Durante a reunião ele confidencia a Francesca, sua obra-prima, que pretende deixar como herdeiro da fórmula seu honesto sobrinho. Os monstros, juntamente com Francesca, começam a planejar como se apoderar da fórmula. Francesca, perseguida por Drácula, joga-se no fosso do castelo e se apaixona por Flanken. Quando os dois tentam fugir da ilha são surpreendidos por um gorila gigante, que se apaixona por Francesca. Ela consegue escapar do monstro, mas o gorila captura todos os monstros com ex

Filme do Dia: Entre Amigas (1960), Claude Chabrol

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E ntre Amigas ( Les Bonnes femmes , França/Itália, 1960). Direção: Claude Chabrol. Rot. Original: Claude Chabrol &  Paul Gégauff. Fotografia: Henri Decaë. Música: Pierre Jansen&   Paul Misraki. Montagem: Gisèle Chèzeau,  Jacques Gaillard & Claude le Moro. Dir. de arte: Jean Lavie. Cenografia: André Labussière &  Jacques Mély. Com: Stéphane Audran, Bernadette Lafont, Clotilde Joano, Lucile Saint-Simon, Mario David, Pierre Bertin, Jean-Louis Maury, Dolly Bell, Rossana Rossanigo, Claude Berri.             Grupo de garotas trabalha em uma loja de eletrodomésticos e sonha em encontrar o amor de suas vidas. Jane (Lafont) namora um militar, André (Lapierre). Ginette (Audran) leva uma vida dupla, apresentando-se como cantora em um clube da noite. Jacqueline (Joano), tímida, sonha com o motociclista (David) que a segue sem nada falar. Rita (Saint-Simon), mais afastada das outras colegas, noiva com um rapaz, que a põe nervosa com a ansiedade com que espera a aprovação de

Filme do Dia: Alice e Eu (2004), Micha Wald

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A lice e Eu ( Alice et Moi , Bélgica, 2004). Direção: Micha Wald. Fotografia: Jean-Paul de Zaeytijd. Música: Jarby Mc Coy. Montagem: Susana Rossberg. Figurinos: Claire Renard.  Divertida comédia que explora a situação de um motorista judeu que pretende levar três tias idosas para um balneário. Todo o humor advém dos estereótipos relacionados aos judeus, impresso na narrativa na sensibilidade do protagonista aos comentários das tias, sobretudo a respeito do desenlace de seu namoro com uma bailarina gentia, ao qual testemunham na própria viagem através dos telefonemas entre ambos, porém sem esquecer as ações terroristas praticadas no solo israelense. 19 minutos.

Filme do Dia: Nuestras Islas Malvinas (1966), Raymundo Gleyzer

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N uestras Islas Malvinas (Argentina, 1966). Direção: Raymundo Gleyzer. Para quem antecipadamente sabe do desaparecimento do cineasta dez anos após, vítima do regime ditatorial, imagina-se que esse documentário curto possa se encontrar entre os antecessores do movimento documentarista radical argentino, lembrado quase sempre por La Hora de los Hornos , de dois anos após. Nada mais distante, no entanto, seja em termos de estilo ou de conteúdo. Narrado do início ao final por uma mesmo narrador, a exceção de dois momentos, nos quais entra o áudio de depoimentos de um morador ilustre britânico e de um argentino que permanece morando lá, o filme se aproxima mais de uma leve crônica. Conseguindo autorização do governo britânico, o então jovem de 24 anos realiza uma série de tomadas que apresentam um pouco do cotidiano do pacato vilarejo que é a capital da ilha. Crianças deslizando na neve com seus trenós, um casal britânico no café da manhã, a igreja anglicana, etc. Por mais que demons

Filme do Dia: Porky and Teabiscuit (1939), Cal Dalton & Ben Hardaway

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P orky and Teabiscuit (EUA, 1939). Direção: Cal Dalton & Ben Hardaway. Rot. Original: Melvin Millar. Música: Carl W. Stalling. Montagem: Treg Brown. Este animação tardia em preto&branco, quando praticamente todo o universo da animação norte-americano, incluindo o de estúdios ainda menores, já fazia uso das cores, apresenta inusitadas tiradas que acabam tornando seu humor mais divertido do que a média de produção do estúdio na década. Gaguinho “compra” sem querer um pangaré de um espertalhão e, para compensar o prejuízo, inscreve-se numa corrida de cavalos. Destaques para a cena em que ele segue a corda e acha que comprou um garboso cavalo, logo descobrindo a verdade e para a corneta que reproduz o som de uma vitrola. Leon Schlesinger Studios para Warner Bos. 7 minutos e 27 segundos. 

Filme do Dia: Cornualhas (1994), Pierre Perrault

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C ornualhas ( Cornuailles , Canadá, 1994). Direção: Pierre Perrault. Fotografia: Martin Leclerc & Bernard Gosselin. Montagem: Camille Laperrière. Durante quatro meses, Perrault planta seu equipamento de filmagem próximo do Polo Norte tendo como objetivo flagrar o confronto entre dois bois almiscarados em luta pelo território. Se o pretexto é filmar o combate, que finalmente chega a ser filmado, o filme se prolonga sobre as habituais divagações do realizador a respeito da natureza, vinculando-a muitas vezes ao homem (algo explicitado no documentário curto No Vale de Sverdrup que registra os bastidores desse que seria o último filme de Perrault). Seu prolongamento e repisamento de algumas imagens e/ou temas transforma-o em algo em desvantagem com um documentário curto que aborda motivos semelhantes, O Oumigmag ou O Objetivo do Documentário . Na cena chave, do confronto dos dois machos adultos, intercala-se na montagem planos de um combate entre dois machos jovens. Office Natio

Filme do Dia: Fogo na Planície (1959), Kon Ichikawa

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F ogo na Planície ( Nobi , Japão, 1959). Direção: Kon Ichikawa. Rot. Adaptado: Natto Wada, baseado no romance de Shohei Ooka. Fotografia: Setsuo Kobayashi & Setsuo Shibata. Música: Yasushi Akutagawa. Montagem: Tatsuji Nakashizu. Dir. de arte: Atsuji Shibata. Com: Eiji Funakoshi, Osamu Takizawa, Mickey Curtis, Mantarô Ushio, Kyu Sazanaka, Yoshihiro Hamaguchi, Asao Sano, Masaya Tsukida. Filipinas, 1945. Tamura (Funakoshi) é um soldado japonês  em um exército completamente destituído de qualquer apoio moral ou material, que possui como únicas opções se entregar ao exército americano ou enfrentá-los em uma luta suicida. Diagnosticado como tuberculoso, ele passa a enfrentar a rejeição dos colegas e se depara com inúmeras situações desesperantes e aterradores em sua jornada.  Entre os sobreviventes, alguns enlouquecem, outros passam a consumir carne humana. Tamura procura resistir preservando o máximo possível a sua dignidade. Ichikawa constrói um dos retratos mais cruéis da guer

Filme do Dia: Sombra do Pavor (1943), Henri-Georges Clouzot

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S ombra do Pavor ( Le Corbeau , França, 1943). Direção: Henri Georges-Clouzot. Rot. Original: Louis Chavance. Fotografia: Nicolas Hayer. Música: Tony Aubin. Montagem: Marguerite Beaugé. Cenografia: André Andrejew & Herman Wann. Com: Pierre Fresnay, Ginette Leclerc, Micheline Francey, Héléna Manson, Jeanne Fusier-Gir, Sylvie, Liliane Maigné, Pierre Larquey, Roger Blin. Vila francesa nunca mais se torna a mesma depois que uma série de cartas anônimas, assinadas com o nome de O Corvo, passam a ofender e tornar públicas as intimidades de seus habitantes. A primeira vítima é o médico local, Rémy Germain (Fresnay), acusado de praticar abortos. Um dos casos mais cruéis, é o do paciente terminal (Blin), a quem é revelada a sua sorte e se suicida. Todas as suspeitas recaem sobre Marie Corbin (Manson), a seca enfermeira que é perseguida e presa. As cartas são suspensas, fazendo crer que realmente ela era a autora, até o dia em que um novo folheto cai no chão da igreja, levando os po

Filme do Dia: Longe Deste Insensato Mundo (1967), John Schlesinger

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L onge Deste Insensato Mundo ( Far from the Madding Crowd , Reino Unido, 1967). Direção: John Schlesinger. Rot. Adaptado: Frederick Raphael, baseado no romance de Thomas Hardy. Fotografia: Nicolas Roeg. Música: Richard Rodney Bennet. Montagem: Malcolm Cooke. Dir. de arte: Richard Macdonald & Roy Forge Smith. Cenografia: Peter James.  Figurinos: Alan Barrett. Com: Julie Christie, Alan Bates , Peter Finch, Terence Stamp, Fiona Walker, Prunella Ransome, Alison Leggatt, Paul Dawkins. No século XIX, Bathsheba Everdine (Christie), pobre camponesa que desperta a atenção do criador de ovelhas Gabriel (Bates), inesperadamente herda uma rica propriedade, enquanto Gabriel sucumbe a desgraça que envolve seu pequeno rebanho de ovelhas e sai em busca de trabalho. Ele chega à propriedade de Bathsheba num momento crítico de incêndio, onde já demonstra sua capacidade de liderança. Porém, o rico e respeitado fazendeiro mais velho William Boldwood (Finch) e o sargento Frank Troy (Stamp) também s

Filme do Dia: A Face Oculta da Lua (2003), Robert Lepage

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A  Face Oculta da Lua ( La Face Cachée de la Lune , Canadá, 2003). Direção e Rot. Original: Robert Lepage. Fotografia: Ronald Plante. Música: Benoît Jutras. Montagem: Philippe Gagnon. Dir. de arte: Jean Le Bourdais. Cenografia: Benoit Jolivet. Com: Robert Lepage, Céline Bonnier, Anne-Marie Cadieux, Lorraine Cote, Sophie Faucher, Richard Fréchette, Érica Gagnon, Gregory Hlady, Marco Poulin. Phillippe (Lepage) é um sonhador que não consegue se estabelecer na vida após uma certa idade, em oposição ao irmão André (Lepage), prático, gay e rico. Enquanto Phillippe se encontra mais desnorteado que nunca com a morte recente da mãe (Cadieux), e produzindo um vídeo em que pretende mostrar a um possível ser extra-terrestre a sua visão do espaço e dos costumes em que vive, André é um bem sucedido apresentador do tempo na televisão. Em conflito com o irmão desde a infância e com uma obsessão por assuntos espaciais, uma tentativa de aproximação entre os dois se prenuncia quando da morte do pe

Filme do Dia: A Noite Nupcial (1935), King Vidor

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A Noite Nupcial ( The Wedding Night , EUA, 1935). Direção: King Vidor. Rot. Original: Edith Fitzegerald, baseado em argumento de Edwin H. Knopf. Fotografia: Gregg Toland. Montagem: Stuart Heisler. Dir. de arte: Richard Day. Figurinos: Omar Kiam. Com: Gary Cooper , Anna Sten, Ralph Bellamy, Helen Vinson, Sig Ruman, Esther Dale, Leonid Snegoff, Milla Davenport, Walter Brennan, Otto Yamaoka Tony Barett (Cooper) é um escritor em Nova York que decide voltar a sua Connecticut natal buscando inspiração para seu novo romance. Sua mulher, Dora (Vinson), vai para Nova York, assim como o ajudante Taka (Yamaoka). Barrett sente-se cada vez mais envolvido por Manya Novak (Sten), descendente de uma rude família de poloneses, que mantém os seus hábitos tradicionais, como a escolha do noivo por arranjo, Fredrick (Bellamy). O que era inicialmente mera atração para Tony lhe inspira para compor a protagonista de seu novo romance, Sonya, assim como todo o enredo e Manya, inicialmente arredia aos e